Empresários baianos manifestaram apoio ao projeto do Complexo Porto Sul, em Ilhéus. Durante o Fórum Empresarial da Bahia, realizado em Salvador, dirigentes empresariais lançaram um documento dirigido ao Governo da Bahia e ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), no qual apoiam a implantação do Porto Sul, que engloba o terminal de uso privativo da Bahia Mineração (Bamin). Os integrantes do fórum se colocam a favor da iniciativa do Governo da Bahia e da Bamin para a promoção do desenvolvimento econômico e social do estado.

Cerca de 20 associações empresariais assinaram o documento, entre elas Federação das Indústrias (Fieb), Associação Comercial da Bahia, Associação das Agências de Propaganda, Federação da Agricultura, Câmara de Dirigentes Lojistas, entre outras. O documento aborda os principais argumentos em defesa da instalação do Porto Sul, como a atração de investimentos e a geração de empregos que irão promover a reestruturação e o desenvolvimento, de forma sustentada, da região sul.

Somente na fase de implantação do Terminal Portuário da Ponta da Tulha, que representa investimentos de R$ 1,8 bilhão, serão gerados R$ 50 milhões em ICMS, cinco vezes mais do que os R$ 10 milhões arrecadados anualmente, hoje, em Ilhéus. Além dos dois mil empregos diretos gerados nos 28 meses da construção, mais 450 pessoas serão empregadas quando o terminal entrar em operação.

Os empresários lembram que os estudos de impacto ambiental cumprem o que prevê a Lei Federal, e que a Bahia tem a tradição de agir com os melhores cuidados com o meio ambiente, sendo pioneira na legislação ambiental brasileira, tendo criado com a participação dos empresários, o Conselho Estadual do Meio Ambiente (Cepram), desde 1973.

Projeto estruturante

Além do Terminal Portuário da Ponta da Tulha, de uso privativo da Bahia Mineração, o Complexo Porto Sul engloba a construção de mais um terminal portuário público, o novo Aeroporto Internacional de Ilhéus. É um dos grandes projetos estruturantes da economia baiana, principalmente para a Região Sul, já que o terminal portuário em Ilhéus será essencial para o escoamento dos 18 milhões de toneladas de minério de ferro que serão extraídos da mina de Caetité e Pindaí, no sudoeste baiano.

O transporte do minério será feito pela Ferrovia da Integração Oeste-Leste, com 1.490 quilômetros de extensão – entre as cidades de Ilhéus, na Bahia e Figueirópolis, no Tocantins – e investimentos estimados em R$6 bilhões.