A construção do Plano de Desenvolvimento Bahia 2023, coordenado pela Secretaria do Planejamento (Seplan) recebeu, nesta quarta-feira (14), a contribuição das equipes da Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração (Sicm) e da Empresa Baiana de Alimentos (Ebal).

O secretário do Planejamento, Antônio Valença, lembrou a intenção da consolidação, no governo, de um projeto de longo prazo após as experiências com diversos segmentos da sociedade civil durante o ciclo de debates Pensar a Bahia. “Este não é um projeto de partido nem de governo, e sim de Estado. O Plano Bahia 2023 é o redesenho do futuro da Bahia para os próximos dois ou três governos,”.

Ao apresentar a visão da Sicm, o secretário James Correia informou que uma das principais estratégias do Governo da Bahia – o desenvolvimento de forma descentralizada – trará impactos positivos para os próximos anos. “Pretendemos fomentar até 2023, o crescimento da indústria, do comércio e da mineração por meio da descentralização do desenvolvimento no Estado e do fortalecimento de suas cadeias produtivas”, informou Correia, destacando que a descentralização já vem sendo consolidada na Bahia, com 61% das empresas implantadas em cidades do interior em 2009.

Ele explicouu as políticas que devem estar funcionando plenamente em 2023 e salientou a priorização dos investimentos públicos para o interior, a recuperação dos distritos industriais fora da Região Metropolitana de Salvador, o apoio a novas indústrias e o direcionamento dos incentivos fiscais para todas as regiões do Estado.

Para as cadeias produtivas, a intenção é desenvolver o Conselho de Desenvolvimento Industrial e Câmaras Setoriais que tratem das áreas tributária, energia e meio ambiente, indústrias petroquímicas, automobilística, calçadista, de celulose, de mineração, naval e portuária, além dos setores de construção civil, comércio, atacadista e de serviços e logística.

O secretário também defendeu, como fundamental para o Plano Bahia 2023, a consolidação da Política Industrial do Estado, “que já está sendo concluída e cujos projetos devem ser desenvolvidos em parceria com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), e da Política do Comércio e Serviço do Estado, pela Universidade Federal da Bahia (Ufba)".

O fomento à micro e pequena empresas também continuará sendo prioridade. “A meta é operacionalizar o Fórum Permanente da Micro e Pequena Empresas, executar as compras públicas dirigidas e ampliar a municipalização da lei que versa sobre o tema”, salientou Correia.

Ele destacou ainda o fomento às energias renováveis e a ampliação da parceria com o setor privado, principalmente para revitalizar e ampliar os portos no Estado. “Para todas as questões nas quais falamos é fundamental melhorar a gerência dos ativos e incentivos públicos, ampliando a parceria com prefeituras, fortalecendo as empresas estatais, ampliando os incentivos à inovação tecnológica e gerindo os incentivos fiscais vigentes”.