Um importante passo será dado para a elaboração do Planejamento Estratégico da Agropecuária Baiana, com ações previstas para os próximos 20 anos. A Secretaria da Agricultura (Seagri), que desenvolve um trabalho setorial, lança oficialmente, na próxima sexta-feira (28), no Hotel Pestana, mais 14 câmaras setorias.

Contando com as quatro já instaladas – Leite, Cacau, Carnes e Fibras Naturais – serão 18 câmaras, agregando 21 cadeias produtivas prioritárias da agropecuária baiana. As novas câmaras setoriais representarão os segmentos da Apicultura e Meliponicultura, Algodão, Seringueira, Cana de Açúcar e derivados, Mandioca, Café, Grãos, Pesca e Aqüicultura, Oleaginosas, Hortaliças, Silvicultura, Fruticultura e Guaraná.

Também tem uma câmara temática de Relações Internacionais e Comércio Exterior, esta última, resultado da articulação durante a Missão China. O trabalho desenvolvido pelas câmaras ao longo dos próximos meses dará lugar ao planejamento estratégico.

As atuais câmaras têm exercido um papel importante, auxiliando o governo no planejamento, formulação e execução de políticas públicas direcionadas ao crescimento da competitividade das cadeias produtivas e ao desenvolvimento sustentável da agropecuária baiana.

O evento deve reunir mais de 800 lideranças da agropecuária baiana quando serão empossados todos os membros titulares e suplentes das câmaras, contando ainda com a presença dos representantes das Câmaras Setoriais já existentes. Participam da solenidade, o governador do Jaques Wagner e o secretário da Agricultura, Eduardo Salles, além de autoridades das esferas estadual e federal, agentes financeiros e representantes de movimentos sociais.

“A implantação das câmaras setoriais e a posse dos seus membros são o alicerce que servirá de base para a construção de um planejamento estratégico, importante documento balizador para construção de políticas públicas voltadas para a agropecuária baiana”, explica o secretário Eduardo Salles.

Ainda segundo Salles é preciso ter propostas de médio e longo prazos para este setor, que gera um quarto da riqueza do estado. A iniciativa neste formato é inédita no Brasil e se caracteriza por não ser um plano desenvolvido pelo Estado, mas com o apoio estatal e elaborado por todos os entes da cadeia produtiva, proporcionando, desta forma, a cumplicidade do setor.

Salles diz que este não será um planejamento estático. Ele deverá ir se adequando ao longo dos anos. O objetivo é facilitar a identificação de oportunidades de desenvolvimento das cadeias produtivas, a partir da definição de ações prioritárias voltadas aos segmentos familiar e empresarial e seu relacionamento com o mercado interno e a exportação, respectivamente.