Elaborar ações para o setor agropecuário baiano para os próximos 20 anos. Este é o principal objetivo das 14 câmaras setoriais lançadas nesta sexta-feira (28) no Hotel Pestana. Elas se constituem em fóruns organizacionais e permanentes de caráter público e privado. Com a instalação dessas novas câmaras setoriais, a Bahia terá as suas 21 principais cadeias produtivas representadas em 18 órgãos consultivos.

As câmaras setoriais representam os segmentos da apicultura e meliponicultura, algodão, seringueira, cana-de-açúcar e derivados, mandioca, café, grãos, pesca e aquicultura, oleaginosas, hortaliças, silvicultura, fruticultura (com duas subcâmaras: citricultura e fruticultura temperada e tropical) e guaraná, além de uma câmara temática de relações internacionais e comércio exterior, essa última resultado da articulação durante a Missão China.

Atualmente, a Secretaria Estadual da Agricultura (Seagri) conta com quatro câmaras setoriais em funcionamento: leite, cacau, carnes (subcâmaras de aves/suínos, caprinos/ovinos e bovinos/bubalinos) e fibras naturais.

Segundo o secretário da Agricultura, Eduardo Salles, será criado um planejamento estratégico da agropecuária da Bahia por meio das câmaras setoriais. O objetivo é aumentar a eficiência das cadeias produtivas e a eficácia das políticas públicas no estado no setor agropecuário, que representa 24% do Produto Interno Bruto (PIB) baiano.

“Devemos ver a agropecuária da Bahia em médio e longo prazo. A ideia é que o plano que faremos por meio das discussões seja dinâmico, que atenda todas as áreas capazes de desenvolver a agropecuária, como tecnologia e logística. Ao passar dos anos, este plano poderá ser modificado, sempre acompanhando a nova realidade”, disse.

As câmaras setoriais são órgãos consultivos formados por representantes de entidades de caráter estadual, de produtores, trabalhadores, consumidores, empresários, autoridades do setor privado e de órgãos públicos, além de instituições financeiras.

Metodologia de trabalho

“As câmaras setoriais têm como finalidade auxiliar o governo no planejamento e na execução de políticas públicas direcionadas ao crescimento da competitividade das cadeias produtivas e ao desenvolvimento sustentável da agropecuária baiana”, afirmou o governador Jaques Wagner.
Durante o evento foi apresentada a metodologia de trabalho organizacional a ser desenvolvida por cada câmara, visando a construção de modelo padrão de planejamento estratégico que contemple o diagnóstico dos problemas de cada setor.

A proposta é ter informações que permitam analisar a atual situação e o potencial de crescimento dessas atividades em diversas regiões, possibilitando a geração de empregos diretos e indiretos e oportunidades de negócio.

Publicada às 10h15
Atualizada às 14h