Uma parceria entre a Câmara Bahiana do Livro (CBaL) e o Governo da Bahia, por meio das secretarias de Cultura (Secult) e da Indústria, Comércio e Mineração (Sicm), garantirá uma participação inédita do estado na Bienal do Livro de Minas Gerais, que será aberta sexta-feira (14), em Belo Horizonte.

A Bienal do Livro Minas 2010 é organizada pela Câmara Mineira do Livro e contará com a participação de diversos autores destacados, como Ruy Castro, Frei Betto, Arthur Dapieve, Letícia Wierszchovski, Zuenir Ventura, Moacyr Scliar, Arnaldo Bloch, e um dos baianos de maior projeção na literatura nacional, Ruy Espinheira Filho. Além dos debates, dezenas de editoras estarão presentes em estandes montados no pavilhão da Expominas, até o dia 23, data de encerramento.

A Bahia também terá seu stand próprio, repetindo o sucesso da participação do estado na Bienal do Rio de Janeiro, em 2009. Serão expostos mais de três mil exemplares de livros baianos, de editoras como Edufba, Corrupio, Via Litterarum, Arcadia e Kalango, de autores independentes e produções da Secult, por intermédio da Fundação Pedro Calmon e do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural do Estado (Ipac). O estande, de 105 metros quadrados, um dos maiores da Bienal, contará com o atendimento de oito autores e expositores baianos, que interagirão com os visitantes durante os dez dias do evento, visando apresentar a produção gráfica, editorial e livreira da Bahia a um público estimado em mais de 300 mil pessoas.

Delegação

 Além de Ruy Espinheira Filho, a Bahia será representada pelos escritores Nilson Schommer, Miriam de Sales, Clara Maciel, Hugo Homem e Soll Dantas. A delegação baiana é formada também por outros segmentos da cadeia produtiva do livro, como o editor Severino Martins, o gráfico Marcos Medeiros e o livreiro Marcos Tavares Marinho, além de gestores da área de cultura do Estado. Estão previstas reuniões com editores e livreiros de Minas Gerais e do Sul e Sudeste do Brasil, visando a troca de experiências e a formação de parcerias que projetem a produção literária baiana.

Para o presidente da Câmara Bahiana do Livro, Aurélio Schommer, tal delegação, inédita em eventos da cadeia produtiva do livro, é uma grande oportunidade para agregar negócios a nossos empresários do segmento. Aurélio destaca ainda que o governo da Bahia, com a presença na Bienal de Minas, demonstra o efetivo compromisso com a literatura enquanto arte e ofício, e, principalmente, com quem faz e distribui o livro enquanto negócio, gente sem a qual a literatura não chega ao leitor.

Para o secretário de Cultura do Estado, Márcio Meirelles, a participação da Bahia na Bienal de Minas é uma oportunidade de fortalecer a cadeia produtiva do Livro. “O Estado tem esse papel de articulador. Na medida em que promovemos o setor livreiro da Bahia em outros estados, nós aumentamos nossa capacidade de articulação e construção de políticas públicas. Queremos fortalecer o setor e buscamos sustentabilidade, sem a qual não há possibilidade de termos um parque editorial na Bahia e nem mais leitores”.

Esta não é a primeira vez que a Câmara Bahiana do Livro e Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, por meio da Fundação Pedro Calmon, participam de uma Bienal fora do estado. Em setembro de 2009, em parceria com editoras locais e livrarias, autores baianos estiveram na 14ª Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro. Segundo dados da Câmara Bahiana do Livro, na ocasião foram comercializados cerca de mil exemplares, totalizando uma receita de aproximadamente R$ 16 mil.