O fortalecimento da educação indígena na Bahia foi discutido na terça-feira (18) na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). Representantes indígenas de quatro etnias participaram do Fórum Estadual de Educação Indígena, juntamente com representantes da Direc 2, da Secretaria Estadual de Educação, e da Uefs.

A formação inicial e continuada de professores, a construção de mais escolas para atender a demanda dos grupos indígenas, o sistema de cotas e as políticas de permanência de estudantes indígenas nas universidades e faculdades da Bahia foram alguns dos temas abordados.

Atualmente, existem 14 diferentes etnias em 87 comunidades indígenas em várias regiões da Bahia. A maior reivindicação dessa comunidade é a implantação de novos estabelecimentos de ensino e a aprovação da categoria do professor indígena.

Um projeto de lei para regulamentar a categoria tramita na Assembleia Legislativa há 12 anos e até o momento não foi votado. “Essa aprovação é importante para que a gente possa fazer concurso público e ter estabilidade na nossa profissão”, reclama Adnilza Santos Macedo, da tribo Quiriri, município de Banzaê.

O secretário do fórum, o índio Agnaldo Pataxó, da tribo Pataxó Hã Hã Hãe, do município de Pau Brasil, região sul do estado, aponta conquistas da luta indígena. “Não podemos negar alguns avanços. Hoje, 90% dos professores que dão aula nas comunidades são indígenas. Há 10 anos os professores não eram da nossa cultura”. Ele acredita que o projeto de lei esteja próximo de ser votado e reafirma a necessidade do reconhecimento da categoria e da formação do professor.