O vice-presidente da Fundação W. K. Kellogg, Jym McHale, e o associado de Programação para a América Latina da instituição no México, Alejandro Villanueva, conheceram nesta segunda-feira (24) várias ações da Secretaria de Promoção da Igualdade (Sepromi). Em pauta a Política Estadual de Quilombos, o Pacto de Enfrentamento à Violência contra a Mulher e as iniciativas voltadas para a formação de lideranças da juventude negra.

Reconhecida como exemplo de instituição pública na promoção da equidade de raça e de gênero, a Sepromi servirá de parâmetro para um projeto mais amplo da Kellogg no Brasil. A idéia é a criação de uma organização voltada para o fomento de ações da sociedade civil, que tenham dimensões de raça e de gênero, principalmente com foco na juventude. A proposta está sendo estruturada por um Comitê Programático, do qual a secretária de Promoção da Igualdade, Luiza Bairros, faz parte. A Fundação Kellog está comprometida a doar um fundo financeiro para garantir a sustentabilidade das iniciativas.

Em maio do ano passado, a secretária cumpriu uma agenda de reuniões com a Fundação Kellogg, nos Estados Unidos. Os encontros foram realizados em Battle Creek, Michigan, cidade-sede da instituição estadunidense, que apoia projetos em áreas da América Latina onde a pobreza é mais persistente. A visita aos EUA foi intermediada pelo associado de Programação para a América Latina e Caribe da Kellog no Brasil, Rui Mesquita.

Convergência
Como resultado das discussões em Michigan, estuda-se a convergência das finalidades da Sepromi e as da Fundação, que aposta na juventude como ator importante no processo de quebra dos ciclos de exclusão. Criada em 2007, a Sepromi é composta pelas superintendências de Promoção da Igualdade Racial e de Políticas para as Mulheres. O papel da secretaria é articular atores governamentais e não-governamentais na proposição e implementação de políticas públicas que assegurem a superação das discriminações racial e de gênero.

As ações da Sepromi são orientadas pelos eixos Desenvolvimento Sustentável das Comunidades Quilombolas, Enfrentamento à Violência contra a Mulher, Políticas Intersetoriais e Afirmativas, Promoção e Defesa de Direitos, e Fortalecimento do Controle Social de Políticas Públicas.

A Fundação W.K. Kellogg foi criada em 1930 por W.K. Kellogg, pioneiro na fabricação de cereais matinais. A organização se destaca entre as maiores fundações privadas do mundo. As doações são concedidas nos Estados Unidos, na América Latina e no Caribe, e em sete países do sul da África: Botsuana, Lesoto, Maláui, Moçambique, África do Sul, Suazilândia e Zimbábue.