A Pré-Conferência de Juventude das Américas, encerrada quarta-feira (26), definiu a Carta da Bahia que será apresentada no Encontro Mundial no México. O evento durou três dias e teve como finalidade preparar a pauta conjunta onde estão as principais demandas no campo das políticas públicas de juventude.

Construída por representantes do governo, sociedade civil e parlamentares do Brasil e dos países que participaram do encontro, a carta foi apresentada pelo coordenador-geral da Pré-conferência de Salvador, Carlos Oldos.

Os principais pontos do documento são os seguintes: gestão das políticas nacionais de desenvolvimento; enfrentamento da miséria, da pobreza e da exclusão; trabalho e emprego; educação; acesso dos jovens à tecnologia e inovação; saúde como fator de inclusão; equidade de gênero; segurança e promoção dos direitos humanos; desenvolvimento sustentável; integração internacional; participação cidadã e associativismo; e cooperação internacional da juventude.

Avanço

Segundo o coordenador municipal de Juventude de Belo Horizonte, Tonny Anderson Santos, que contribuiu para a construção da pauta, a carta é um avanço muito significativo para as políticas de juventude. “Todos os temas presentes como saúde, educação e direitos humanos são de extrema importância para os jovens. Porém a falta de acesso ao primeiro emprego, que garanta renda e qualidade de vida, ainda é a maior dificuldade não só dos jovens brasileiros como de todos os jovens latino-americanos”.

A carta também destaca a garantia da educação universal de qualidade – incluindo educação sexual -, eliminação de todas as formas de violência, fomento à segurança alimentar para todos os jovens, promoção da autonomia e emancipação como um eixo das políticas de governo, além de promoção das políticas de segurança pública de prevenção à criminalização dos jovens.

Representante do Conselho Nacional do Panamá, Jose Rafael Olmeida Flores, disse que a garantia do direito à educação de qualidade é um tema central, principalmente para jovens mães. “Muitas jovens grávidas acabam deixando a escola porque precisam trabalhar para se manter. Mas por não terem estudo suficiente terminam indo para centros de prostituição”, disse.