Céu azul e poucas chances de chuva neste período trazem de volta a excepcional qualidade do algodão da Bahia, reconhecida como a melhor do Brasil, mas que ficou comprometida na última safra (2008/2009), por causa das chuvas fora de época que atrapalharam a colheita.

Este cenário anima os organizadores do 12º Dia de Campo do Algodão, que a Fundação Bahia, a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (Ebda) e empresas parceiras da iniciativa privada promovem nesta sexta-feira e no sábado (11 e 12), no Centro de Pesquisa e Tecnologia do Oeste da Bahia (CPTO), no município de Luís Eduardo Magalhães.

Com o Dia de Campo do Algodão, a Fundação Bahia completa seu ciclo de grandes mostras de tecnologia para o produtor, que inclui também a Passarela da Soja e o Encontro Técnico do Milho. Mais de mil pessoas estão sendo aguardadas no CPTO para conferir as tecnologias que em breve deixam os laboratórios para ganhar as lavouras nos quase 300 mil hectares de área plantada do cerrado baiano.

“A cada nova safra, o produtor precisa tomar decisões. Para isso, este é o melhor momento, e o dia de campo é o melhor lugar. As principais empresas ligadas a este agronegócio estarão presentes no evento e o desempenho dos materiais poderá ser comparado, facilitando a escolha”, explicou o presidente da Fundação Bahia, Amauri Stracci.

Este ano, duas novas variedades convencionais prometem chamar a atenção de quem for ao evento. Trata-se de materiais que devem estar disponíveis em escala comercial para a safra 2011/2012 e trazem como diferencial o fato de possuir fibra média e excelente produtividade. Seu tamanho varia entre 32,5 e 33 milímetros, contra a variedade preponderante no mercado, que tem de 30 a 31 milímetros.

“Esses materiais estão em observação e ainda não foram registrados, mas as nossas expectativas são as melhores”, disse o técnico da Fundação Bahia, Murilo Barros Pedrosa. Ele afirmou que a fibra mais longa permite a confecção de tecidos de melhor qualidade, remunerando o produtor em cerca de 10% a mais, em média.