Orçada em R$ 2,4 milhões, a obra de requalificação urbana da orla de São Félix, cidade a 110km de Salvador, está pronta para ser entregue à população do Recôncavo e turistas. A expectativa é que seja inaugurada pelo governador Jaques Wagner nesta sexta-feira (25), quando acontece, oficialmente, a transferência do Governo da Bahia para Cachoeira, cidade separada de São Félix pelo Rio Paraguaçu, em comemoração aos festejos da Independência da Bahia, que culmina com o 2 de julho, em Salvador.

O Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), vinculado à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult), reconstruiu e recuperou a balaustrada, implantou novos postes de iluminação, caixas de árvore, drenagem, bueiros e grelhas, recuperou meio-fios e arruamentos, além de construir quiosque com sanitário e colocado grandes bancos recobertos de granito ao longo da orla. Serviços de jardinagem e terraplanagem de área para práticas esportivas, à beira-rio, complementam as ações.

“Além de devolver uma orla qualificada, esse projeto permite um diálogo mais digno e ininterrupto de São Félix com os monumentos da cidade, com a ponte D. Pedro II – tombada como patrimônio da Bahia – e com a cidade de Cachoeira que é patrimônio nacional através de tombamento do Iphan”, ressaltou o diretor do IPAC, Frederico Mendonça. Na orla restaurada de São Félix estão alguns equipamentos culturais, como Centro Dannemann, onde é realizada a Bienal de Artes do Recôncavo.

“A requalificação da orla de São Félix complementa ações coordenadas pelo IPAC/Secult nessas duas cidades, que totalizam mais de R$ 36 milhões do Programa Monumenta do Iphan/MinC (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional/Ministério da Cultura) e contrapartida do Governo da Bahia”, explicou o secretário de Cultura do Estado, Márcio Meirelles.

Na orla de Cachoeira, 80 imóveis públicos, privados e monumentos tombados pelo Iphan, como o Conjunto da Ordem do Carmo, igrejas Matriz de N.S. do Rosário, do Monte e Rosarinho, capela da Ajuda, casa natal de Ana Nery, os antigos fórum e arquivo público municipal, entre outras edificações importantes, estão em recuperação.

No dia 25, a Secult/IPAC devem lançar publicação sobre o carnaval de Maragojipe, anunciar registro da Festa da Boa Morte como Patrimônio Imaterial da Bahia e lançar o vídeo-documentário sobre o Cortejo do 2 de Julho, que já é, oficialmente, patrimônio baiano.