A economia baiana cresceu 9,5% no primeiro trimestre de 2010, em relação ao mesmo período do ano passado. O número foi divulgado, nesta terça-feira (8), pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais (SEI), que calcula o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado. O ritmo de crescimento na Bahia supera o do Brasil (9%) e é um dos maiores do mundo. A previsão é que o Estado feche o ano com 7,1 % de expansão na economia.

A taxa da Bahia foi maior que a de dois estados nordestinos, que também tiveram crescimento significativo – Pernambuco (7,8%) e Ceará (8,9%). Na Europa, a previsão é crescimento de 1,0%, na zona euro, e 1,3% no Reino Unido, no Japão 1,9%.

De acordo com o relatório da SEI, os setores que mais influenciaram positivamente o crescimento foram a Construção Civil, que, alavancada pela expansão imobiliária, cresceu 15%, a Agropecuária, que, incentivada por políticas públicas de apoio a produção, cresceu 14,6 %, e a Indústria, que ao recuperar as exportações e a implantação de novos empreendimentos, cresceu 13,4%.

Para o governador Jaques Wagner, o Brasil vive um momento excepcional e as políticas de desenvolvimento estaduais colocaram a Bahia no mesmo caminho. “Temos uma mão de obra reconhecida como muito boa, as condições que o Governo do Estado tem oferecido são transparentes e objetivas e isso tem atraído novos empresários do Brasil e do exterior. Eles instalam seus negócios aqui, ganham legitimamente seu dinheiro e o mais importante, geram trabalho e renda pra nossa gente”.

Os investimentos realizados pelo Governo do Estado também contribuíram para o resultado acima da média. Obras de grande porte como hospitais, estradas e sistemas de água e esgoto, aliadas a políticas públicas de incentivo à produção e combate à crise foram fundamentais para o crescimento.

Empregos 
O bom desempenho da economia vinha sendo sinalizado por uma série de resultados alcançados este ano pela Bahia. De janeiro a março foram gerados aproximadamente 30 mil novos empregos com carteira assinada, no estado. O volume de exportações cresceu 57%, o saldo da balança comercial chegou a US$ 500 milhões e a arrecadação de ICMS bateu recorde, com 87,9% de crescimento e R$ 2,6 bilhões arrecadados.

Segundo o chefe de gabinete da secretaria de Planejamento, Edson Valadares, toda essa movimentação na economia gera conseqüências positivas na vida das pessoas. “Esse resultado significa dizer que as pessoas estão consumindo mais, tendo mais oportunidade e melhorando a qualidade de vida”.

Segundo suas explicações, os recursos públicos que influenciam nos resultados desses índices “são os investidos em estradas (já temos quase quatro mil quilômetros recuperados ou em recuperação), em hospitais (são cinco construídos para atender melhor à população), em políticas imobiliárias e de crescimento habitacional, além da área de saneamento, onde já foram investidos aproxiadamente R$2 bilhões. O estado vem fazendo a sua parte, aquecendo a economia e possibilitando o desenvolvimento social da Bahia.”

Crescimento sustentável
A previsão agora é de que o estado experimente um período de crescimento robusto e sustentável. Segundo o diretor geral da SEI, Geraldo Reis, “nos próximos quatro anos a Bahia pode crescer, em média, 4,5% ao ano, se não houver nenhuma situação adversa no cenário internacional”.

Publicada às 16h10
Atualizada às 19h20