A taxa de desemprego na Região Metropolitana de Salvador caiu de 19% em abril para 18,2% da População Economicamente Ativa (PEA) no mês de maio. Esta é a menor taxa de desemprego registrada para os meses de maio desde o início da série histórica, em dezembro de 1996.

Das sete regiões metropolitanas em que a PED é realizada, a RMS foi a que apresentou maior queda na taxa de desemprego (4,2%), seguida de Belo Horizonte (3%) e Recife (2,7%). Em São Paulo, Fortaleza e Porto Alegre, a taxa de desemprego não registrou variação. No Distrito Federal houve um pequeno aumento de 0,7%.

As informações são da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento, em parceria com a Secretaria do Trabalho, Emprego Renda e Esporte (Setre), o Dieese e a Fundação Seade.

Em maio, o nível ocupacional da RMS permaneceu estável, sendo calculado, aproximadamente, em 1 milhão e 516 mil pessoas. Já o contingente de desempregados foi estimado em 337 mil desempregados, 18 mil a menos que em abril. A redução ocorreu devido à saída das pessoas do mercado de trabalho, visto que a ocupação não se alterou.

Em relação aos setores ocupacionais, os postos de trabalho aumentaram no Comércio (seis mil vagas, ou 2,4%), Indústria (quatro mil, ou 3,3%) e Construção Civil (três mil, ou 2,9%). A RMS apresentou queda na ocupação no setor de Serviços (11 mil, ou -1,2%) e no de agregado Outros Setores, que inclui Serviços Domésticos e Outras Atividades (duas mil, ou -1,5%). Em abril, o rendimento ficou praticamente estável para ocupados (+0,3%) e para os assalariados (-0,4%), os valores foram estimados em R$ 1.076 e R$ 1.166, respectivamente.

Taxa cai 15,7% em 12 meses

O desemprego apresentou uma queda de 15,7% nos últimos 12 meses na Região Metropolitana de Salvador. A taxa saiu de 21,6%, em maio de 2009, para atuais 18,2% da PEA. Neste período, a RMS passou de 1 milhão 436 mil ocupados para 1 milhão e 516 mil.

Segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego, o contingente de desempregados diminuiu em 59 mil pessoas, como resultado da geração de 80 mil ocupações (5,6%), número superior ao de pessoas que entraram no mercado de trabalho (21 mil).

Na avaliação do secretário do Planejamento, Antônio Alberto Valença, esta ampliação dos empregos na RMS é reflexo de políticas públicas acertadas do governo estadual em parceria com a União. “Grandes obras urbanas, a exemplo do complexo viário 2 de Julho e a Via Expressa, aliadas a reformas de estradas, escolas e a ampliação de sistemas esgotamento sanitário são algumas ações que certamente geraram impacto positivo no emprego”.

O secretário complementa que o aquecimento da economia também foi induzido por políticas públicas como a redução de tributos e facilidades de acesso a crédito, o que acarretou também na ampliação de postos de trabalho no Comércio e nos Serviços.

Todos os setores de atividade apresentaram crescimento na geração de postos de trabalho – Comércio (29 mil, ou 12,6%), nos Serviços (19 mil, ou 2,2%), na Construção Civil (18 mil, ou 20,0%), Indústria (12 mil, ou 10,7%) e no agregado Outros Setores, que inclui os Serviços Domésticos e Outras Atividades (2 mil, ou 1,6%). Em comparação a abril de 2009, o rendimento médio real aumentou tanto para os ocupados (4,3%) quanto para os assalariados (2,8%).