Mais de 150 pessoas compareceram à apresentação do Plano de Reabilitação Participativo do Centro Antigo de Salvador (CAS), no dia 1° deste mês. A publicação do estudo que vem sendo realizado há dois anos pelo Estado, em parceria com a Unesco e com um grupo gestor das três esferas de governo, foi entregue para todos os presentes.

Participaram do evento o secretário de Cultura, Márcio Meirelles, a coordenadora do Escritório de Referência do Centro Antigo, Beatriz Lima, a secretária de Promoção da Igualdade, Luiza Bairros, o secretário da Segurança Pública, César Nunes, o secretário do Planejamento, Antônio Valença, e o superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) na Bahia, Carlos Amorim, além de outras autoridades e representantes comunitários.

Na apresentação, Meirelles falou sobre o processo de construção conjunta do plano, ressaltando a participação de mais de 600 pessoas da sociedade civil, e citou algumas ações que já estavam sendo realizadas durante o estudo.  “Ao longo do tempo de construção do plano, muitas ações foram sendo realizadas, como a iluminação pública do Pelourinho, a reforma e qualificação de monumentos e imóveis, a ampliação da frequência nos museus e a promoção de ações culturais na região”, explicou o secretário.

Esse plano, segundo ele, precisa ser autossustentável. “É preciso que as três esferas de governo estejam unidas e que a sociedade também faça a sua parte”, declarou. Meirelles anunciou ainda que reuniões mensais vão acontecer para acompanhar o desdobramento do plano.

Para Beatriz Lima, esse é o resultado do trabalho que vem sendo realizado, não só pelo governo, mas também por mais de 600 representantes da sociedade. “Esse livro é fruto desse diálogo com a sociedade”, destacou. E aproveitou a ocasião para apresentar o conteúdo do termo de cooperação técnica assinado pelo prefeito, o governador e o presidente da República, onde se comprometem com a execução do plano.

Durante o evento, diversos representantes da sociedade civil organizada se mostravam favoráveis à implementação das 14 propostas do plano. O coordenador da Associação de Moradores do Centro Histórico de Salvador (Amach), Cícero Melo, falou sobre a responsabilidade da sociedade. “Estamos orgulhosos em participar da construção desse plano. Não basta morar no Centro Histórico. Precisamos fazer a nossa parte. Não é só o governo o responsável. Nós também somos e precisamos nos organizar”, afirmou.

O presidente do Instituto de Arquitetos da Bahia, Daniel Colina, reforçou a importância do plano. “Ele se inicia com a participação de todos. Não se faz mais urbanismo sem consultar a população. A participação da sociedade na construção desse plano é o diferencial”.

Desenvolvimento sustentável para a região

O Plano de Reabilitação Participativo do Centro Antigo de Salvador aponta estratégias de desenvolvimento sustentável para a região e um amplo leque de ações concretas, parte delas em andamento. Recomenda ainda a implementação das 14 propostas de integração social e econômica, de habitação, cultura, turismo, meio ambiente, segurança e patrimônio para o centro antigo de Salvador.

O presidente da Associação dos Lojistas da Baixa dos Sapateiros, Rui Barbosa, também se mostra favorável ao plano e acredita que o projeto trará benefícios para toda a comunidade. “Agradecemos a criação desse projeto e estamos muito contentes com esse desafio. Sabemos que o plano vai nos trazer muitos benefícios, além de não deixar o Centro Histórico sofrer”, disse.