A Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) realiza, até sábado (10), o 2º Seminário Temático Trabalho Docente na Educação Infantil e Ensino Fundamental – Consciência Fonológica para discutir a Educação pelo viés não-tradicional da alfabetização iniciada pela oralidade. O evento reúne representantes das comunidades externa e interna da Uefs, inclusive grupos indígenas e escolas participantes do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid), por meio do Grupo de Pesquisa Desenvolvimento Humano e Processos Educativos (Dehpe).

A organizadora do evento, professora Lílian Miranda Bastos Pacheco, explica que a consciência fonológica na Educação Básica pretende aplicar estratégias na estruturação do processo ensino-aprendizagem começando com as pronúncias das palavras, a alfabetização iniciada pela oralidade e pela leitura da imagem.

Ao concluir o Ensino Fundamental 1, correspondente à 4ª série ou 5º ano, espera-se que o aluno já saiba ler e escrever com competência, mas não é essa a realidade encontrada nas escolas, segundo a professora. A consciência fonológica, que pode ser trabalhada pelo professor, representa um caminho que resolva esse problema.

“Nossa experiência nesse projeto tem comprovado que o trabalho fonológico em sala de aula tem dado bons resultados. Por meio da ludicidade dessa metodologia, o emocional do aluno é trabalhado, proporcionando o prazer e o interesse em escrever e ler corretamente, elevando a autoestima do educando”, salienta Lílian.

O projeto já é desenvolvido em cinco escolas – quatro em Feira de Santana e o Colégio Estadual da Aldeia Indígena Caramuru Paraguaçu, no município de Pau Brasil. O evento prossegue até as 14h, com a discussão da Cultura e Linguagem Indígena e participação de professores indígenas.