A Bahia supera as metas projetadas pelo Ministério da Educação para o Estado no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) tanto no ensino médio quanto no ensino fundamental.

Os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) mostram que, no ensino médio, a Bahia conseguiu ultrapassar a meta prevista de 3,1 para 2009, com o desempenho de 3,3. O resultado garante ainda a superação da meta de desempenho prevista para 2011, que é de 3,2.

O desempenho obtido no ensino fundamental também foi exitoso. O resultado de 3,8 conseguido nas séries iniciais (de 1ª a 4ª série) superou a meta de 2009 (3,1) e chegou à meta prevista para 2013 (3,8). Já nas séries finais (de 5ª a 8ª série), a meta era 3,0 e a Bahia conseguiu 3,1.

De acordo com o secretário da Educação do Estado da Bahia, Osvaldo Barreto, os resultados mostram que houve uma melhoria significativa na qualidade das escolas baianas, que é evidenciado pelo desempenho dos estudantes na Prova Brasil, um dos indicadores usados para calcular o Ideb, que saltou de 4,01, em 2005, para 4,40 em 2009.

Rede estadual 
Além do indicador geral do Estado, que reúne os desempenhos de todas as redes de educação (incluindo municipal e privada), a rede estadual também conseguiu superar a meta prevista pelo Ideb para o ensino médio e para as séries iniciais do ensino fundamental (1ª a 4ª série). Já para as séries finais (5ª a 8ª série), conseguiu atingir a meta. No caso do ensino médio, a meta era 2,8 e a rede estadual conseguiu 3,1. Nas séries iniciais, superou com 3,2 a meta de 3,0 enquanto nas séries finais fechou na meta de 2,8.

“Nos últimos anos, melhoramos nosso resultado com os investimentos em políticas públicas direcionadas à melhoria da qualidade das nossas escolas”, afirmou o Secretário da Educação. Exemplo disso é o foco no programa de avaliação do ensino médio, o Avalie, que apresenta resultados anuais, possibilitando que as escolas melhorem as ações educativas. “Outra iniciativa são os programas de formação inicial e continuada de professores, que, até 2011, vão atender a 60 mil professores das redes estadual e municipais”, ressalta Osvaldo Barreto.

Apesar dos resultados terem sido acima do projetado pelo Inep, o secretário destaca que os dados evidenciam que ainda é preciso caminhar muito para superação dos indicadores de repetência escolar, um problema histórico no Estado, que a Secretaria vem buscando reverter. “Não podemos conviver com esse problema e por isso temos investido não só para melhorar a qualidade da educação, como para tornar a escola mais atrativa e estruturada”, explica Osvaldo Barreto.

Para a superintendente de Acompanhamento e Avaliação da Secretaria da Educação, Eni Bastos, os avanços são atribuídos à política educacional do estado, que criou programas com impacto direto nos resultados das escolas. Entre eles, cita o Círculos de Avaliação, que é focado no desenvolvimento de uma cultura de avaliação que possibilita o conhecimento dos indicadores educacionais das escolas e das redes municipais e o estabelecimento de ações que busquem a mudança e a transformação desses indicadores.

Municípios 
Outra ação da Secretaria da Educação do Estado é o Programa de Apoio à Educação Municipal (Proam), que assessora as secretarias municipais na construção de planos municipais de educação, de planos de cargos e salários, monitoramento do Programa de Ações Articuladas (PAR) e outros projetos que estruturam as redes com o propósito de melhorar a qualidade da educação.

“Não adianta trabalharmos apenas a rede estadual e as suas escolas sem promovermos articulações com as redes municipais, pois os resultados gerais refletem as políticas desenvolvidas nos 417 municípios que compõem o estado da Bahia”, defende a superintendente Eni Bastos.

Quanto à nota do município baiano de Apuarema, que figura como o pior desempenho nas séries iniciais do ensino fundamental, a Secretaria da Educação do Estado da Bahia atribui o resultado ao fato das escolas do município não terem informado os dados de movimento e rendimento para o Censo Escolar 2009. Esses indicadores representam a metade da nota do Ideb, sendo a outra parte obtida com a Prova Brasil. Nesta avaliação, o município teve bom resultado, saltando a nota de 3,77, em 2007, para 4,14 em 2009.

Quanto aos demais municípios que figuram entre os piores resultados do País, a Secretaria informa que há outros resultados comprometidos pelo não fornecimento dos dados do Censo Escolar 2009 e, aliado a isso, há ainda o fato de algumas escolas não terem aplicado a prova Brasil, realizada no final de 2009, quando a maioria das redes municipais já tinha encerrado o ano letivo.