A produção industrial baiana (de transformação e extrativa mineral) registrou incremento de 4% em maio em relação a abril. Na comparação com maio de 2009, a indústria apresentou expansão de 17,9%. As informações são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) divulgada, nesta terça-feira (6), pelo IBGE e analisada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento do Estado (Seplan).

Em relação ao mês anterior, os setores que mais influenciaram o resultado apurado no mês foram refino de petróleo e álcool (6,1%), produtos químicos (4,9%), e a indústria de transformação (4,6%). Em contrapartida, a contribuição negativa veio dos setores de metalurgia básica (- 4,3%) e veículos automotores (- 3,3%).

Na comparação com maio de 2009, dos dez segmentos pesquisados, seis registraram variações positivas, com destaque para o refino de petróleo (108,0%), alimentos e bebidas (15,9%), minerais não-metálicos (23,4%) e veículos (23,3%), em virtude, respectivamente, do aumento na produção de óleo diesel, outros óleos combustíveis e nafta para petroquímicas, leite em pó e óleo de soja refinado, ladrilhos e placas de cerâmica e cimento Portland, e automóveis.

Os segmentos da indústria que registraram retração na comparação com maio deste ano, em relação a maio de 2009, foram produtos químicos (-3,6%), em razão da redução na produção de polietileno linear, PVC e metalurgia (-6,3%).

De acordo com o coordenador de Acompanhamento Conjuntural da SEI, Luiz Mário Vieira, o setor de refino de petróleo deu um grande salto e foi o principal responsável pela expansão da indústria baiana. “É importante destacar que o setor vem obtendo taxas positivas mês a mês, significando a recuperação da capacidade instalada da indústria, tendo em vista que, no ano passado, este segmento sofreu queda, devido à parada de manutenção da Refinaria Landulpho Alves (RLAM)”. Ele ainda destaca que o crescimento da produção industrial (4%), verificado em maio, na comparação com o mês anterior, foi o segundo melhor resultado do país, ficando atrás apenas do Paraná (17,7%).

Construção civil influencia crescimento do setor de minerais não metálicos

O efeito da construção civil, tomando como exemplo, a recuperação da BR 324, a construção da Via Expressa, dos conjuntos habitacionais, e também dos investimentos privados, tem influenciado no crescimento do setor de minerais não metálicos. O segmento registrou crescimento de 23% em maio na comparação com o igual período do ano anterior.

No acumulado de janeiro a maio deste ano, ante ao igual período do ano anterior, a taxa da produção industrial baiana registrou acréscimo de 16,3%. Dentre os setores que contribuíram para o resultado do período, destacam-se refino de petróleo (45,6%), por conta da maior produção de óleo diesel, outros óleos combustíveis e nafta para petroquímica, produtos químicos (10,2%), devido ao aumento na produção de etileno não-saturado e agentes orgânicos de superfície, e metalurgia básica (21,8%).

No acumulado nos últimos 12 meses, em relação ao igual período anterior, a taxa da produção industrial do Estado teve acréscimo de 6,7%. As contribuições positivas vieram dos segmentos de produtos químicos (10,3%), refino de petróleo (13,0%) e alimentos e bebidas (2,4%). Celulose e papel (-0,9%) e borracha e plástico (-3,1%) foram os que influenciaram negativamente para o resultado.