Representantes da Companhia Hidroelétrica do Vale do São Francisco (Chesf) reuniram-se com o secretário estadual do Planejamento, Antônio Alberto Valença, para discutir a etapa regional de implantação da Usina Hidroelétrica de Riacho Seco. O empreendimento será implantado no rio São Francisco, no trecho entre os municípios baianos de Juazeiro e Curaçá e dos municípios pernambucanos de Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista.

A consolidação da parceria entre o governo federal com os governos estaduais da Bahia e Pernambuco e as quatro prefeituras municipais diretamente envolvidas foi um dos principais pontos abordados na reunião, realizada na terça-feira (27), que discutiu ainda a criação de um grupo de trabalho do governo da Bahia que irá auxiliar na elaboração de um Plano de Desenvolvimento Sustentável Integrado para a região.

De acordo com o secretário Valença, a implantação da usina, que se encontra em fase de licenciamento ambiental, impactará na economia regional, incrementando a receita dos municípios e movimentará o comércio e a prestação de serviços, principalmente nos municípios que abrigarão o canteiro de obras.

“Espera-se que a licença ambiental seja expedida pelo Ibama ainda neste semestre e que antes do final do ano seja realizado o leilão para a concessão da usina. Se tudo ocorrer como previsto, no segundo semestre de 2011 serão iniciadas as obras, que deverão ser concluídas no prazo de cinco anos”, explica o secretário.

Empregos

A Usina Hidroelétrica de Riacho Seco, uma obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), terá potência instalada de 276 MW e ocupará uma área total de 13.253 hectares, que inclui uma área de inundação de 5.573 hectares. De acordo com dados da Chesf, a previsão é reassentar aproximadamente mil famílias, o equivalente a 5 mil pessoas.

Entre os ganhos ambientais em relação a usinas tradicionais, o empreendimento gera energia com o fluxo de água do rio – não haverá o alagamento de grandes áreas para a formação de reservatórios.

A expectativa é de que sejam gerados aproximadamente 2 mil empregos diretos e 4 mil indiretos, com prioridade para a contratação de mão-de-obra local. Espera-se ainda um incremento temporário da população local de 9.400 pessoas no auge da construção. Uma vez concluída a usina, estados e municípios beneficiados partilharão uma receita anual de compensação financeira pelo uso da água da ordem de R$ 2,5 milhões.