Os índices de obesidade e de doenças crônicas como hipertensão, diabetes, artrites, doenças cardiovasculares e até distúrbios consequentes do estilo de vida moderno, como o estresse e as alterações de sono e de humor, levam as pessoas a se preocuparem, cada vez mais, com seus hábitos alimentares. Por isso, a orientação de um nutricionista é essencial. E é com esse serviço que os servidores do Hospital Geral Roberto Santos contarão a partir de desta sexta-feira (9), após a reabertura, nesta quinta (8), das atividades do Ambulatório de Nutrição, durante evento realizado no auditório do HGRS.

As consultas acontecerão toda sexta-feira, das 7h30 às 11h30 e das 13h30 às 17h30, e terão, como público alvo, portadores de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes e doenças cardiovasculares. Por enquanto, os beneficiários serão os servidores do Hospital Geral Roberto Santos e os pacientes, mas a intenção é ampliar o atendimento para o público externo, como esclareceu a supervisora do Serviço de Alimentação e Nutrição do HGRS, Cristiane Pacheco.

Para marcar consulta, o servidor deve se dirigir ao guichê 6 da Portaria principal, levando relatório médico de profissional particular ou do HGRS e exames recentes, feitos há 90 dias, no máximo, além de documento de identificação pessoal do hospital. “Espero que os servidores usufruam bastante de mais esse serviço, de mais esse direito que conquistamos. Sabemos que a necessidade é grande, por isso, pretendemos ampliar o atendimento”, disse a supervisora.

Influência da nutrição
Em vez de um medicamento e seus riscos, a exemplo dos efeitos colaterais, uma alimentação saudável. A proposta é da mestra em Nutrição, Thaisy Honorato Alves, uma das palestrantes do evento que marcou a abertura do Ambulatório de Nutrição do HGRS. O evento contou, ainda, com a palestra “A importância da atenção nutricional”, por Agda Gonzalez, especialista em Nutrição Clínica. Thaisy ressaltou a influência da nutrição na vida das pessoas e o quanto estamos cultivando hábitos equivocados, como o consumo de alimentos ricos em gorduras saturadas e pobres em vitaminas, sais minerais e fibras.

“A globalização nos trouxe transições epidemiológicas e nutricionais. Houve uma diminuição da incidência de doenças infecto-contagiosas e o aumento das doenças clínicas não contagiosas, como a obesidade e a hipertensão”, disse Thaisy. Ela ressaltou o risco do consumo exagerado de itens como o refrigerante, composto somente de produtos químicos sem nenhum beneficio nutricional e ainda acrescidos do fosfato, substância que impede a absorção do cálcio, resultando em osteoporose. Segundo a nutricionista, a obesidade é responsável, no Brasil, por 6,8% das internações hospitalares de homens e por 9,3% da internação de mulheres.