Criadas pela Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), há três meses, as câmaras setoriais de 20 cadeias produtivas prioritárias da agropecuária reuniram-se, nesta segunda-feira (9), na 1ª Conferência Estadual das Câmaras Setoriais para apresentar a primeira versão do ‘Planejamento Estratégico da Agropecuária da Bahia para os Próximos 20 anos’.

O encontro, realizado no Hotel Pestana, com a participação de mais de 600 membros das câmaras, foi aberto pelo secretário estadual de Agricultura, Eduardo Salles, que definiu o evento como uma grande reunião de trabalho da agropecuária baiana, explicando que “o trabalho vai apontar o que é importante para cada cadeia, as necessidades e as prioridades que serão consideradas nos orçamento dos próximos anos”.

Participaram da conferência, os membros titulares e suplentes das câmaras setoriais da Apicultura e Meliponicultura, Algodão, Seringueira, Cana-de-açúcar e derivados, Mandioca, Café, Grãos, Pesca e Aquicultura, Oleaginosas, Hortaliças, Silvicultura, Fruticultura (com duas subcâmaras – Citricultura, Fruticultura Temperada e Tropical), Guaraná, Cacau, Leite, Fibras e Carne.

Salles destacou que organização das câmaras setoriais para a elaboração do planejamento estratégico é uma iniciativa inédita no Brasil, e “se caracteriza por não ser um plano desenvolvido pelo Estado, mas com o apoio estatal, elaborado por todos os entes da cadeia produtiva, tendo desta forma a cumplicidade do setor”.

Ele ainda ressaltou que as cadeias produtivas têm nas câmaras a instância neutra e adequada para a análise e identificação de prioridades de atuação do governo e de sua política de desenvolvimento harmônico para os diferentes segmentos da agropecuária.

Para o superintendente de Desenvolvimento Agropecuário (SDA) da Seagri, Raimundo Sampaio, as câmaras setoriais são instrumentos democráticos e transparentes de interlocução entre o governo e o setor produtivo. “No contexto da produção agrícola, esse elo entre governo e setor privado enseja a oportunidade de participação da sociedade”.

As câmaras são formadas por representantes de entidades, de pequenos, médios e grandes produtores, trabalhadores, empresários, industriais, do setor privado e de órgãos públicos federais e estaduais, além de instituições financeiras e movimentos sociais.