A literatura produzida na periferia brasileira invadiu a Bienal do Livro de São Paulo e a porta de entrada foi o estande da Bahia, numa parceria entre a Câmara Bahiana do Livro e a Secretaria Estadual de Cultura (Secult), através da Fundação Pedro Calmon.

Quem visitou a maior feira literária do país no sábado (21) teve a oportunidade de conhecer um pouco da música e da poesia que tem movimentado as comunidades periféricas do país, por meio de saraus, encontros literários e shows de rap.

O sarau Poesia das Ruas reuniu no estande da Bahia na 21ª Bienal do Livro de São Paulo os ativistas literários Nelson Maca, do Blackitude da Bahia, Sérgio Vaz, da Cooperifa de São Paulo, e o rapper Gog, do Movimento Hip Hop de Brasília.

Gog, chamado de O Poeta do Rap, é membro do Conselho Nacional de Políticas Públicas e um reconhecido militante pelas causas sociais. Ele elogiou a iniciativa do estande da Bahia de trazer à bienal os livros baianos. “É convergente com o que fazemos no hip hop. É preciso mostrar que a periferia da Bahia, por mais criativa que seja na música e no Carnaval, é também na literatura”.