Contrato de financiamento no valor de R$ 8 milhões celebrado pelo Banco do Nordeste do Brasil (BNB) com o projeto Sítio Barreiras vai estimular o desenvolvimento do perímetro irrigado do município de Ponto Novo, viabilizando a implantação de mais 160 hectares para o plantio de banana, com a geração imediata 100 empregos diretos.

O financiamento tornou-se possível depois da obtenção do licenciamento ambiental do Projeto de Irrigação Ponto Novo, concluído há cinco meses pela Comissão Técnica para Garantia Ambiental (CTGA) da Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), coordenada pela Superintendência de Irrigação, que viabilizou a operação de uma área de 890 hectares irrigáveis do projeto. A assinatura foi realizada quarta-feira (8), na sede do BNB, na Pituba, e contou com a presença do superintendente do BNB, Nilo Meira Filho, do secretário da Agricultura, Eduardo Salles, e o empresário e contratante, Fábio Régis Albuquerque.

O recurso será liberado durante um ano. Nilo disse que projeto é referência em tecnologia e prática de gestão. Para Salles, o trabalho da CTGA foi fundamental para formação dos processos de licença, acompanhamento e andamento no Instituto do Meio Ambiente (IMA) porque “garantiu agilidade na liberação da Licença de Operação (LO), das áreas já implantadas em julho de 2009, da aprovação de Localização de Reserva Legal, (ARL), e averbação da reserva legal da Autorização de Supressão de Vegetação, (ASV), e finalmente da Licença de Alteração (LA)”, pré-requisito para a legalização da área e concessão de crédito agrícola.

O projeto Sítio Barreiras tem área total de 1.013 mil hectares sendo 540 hectares de área produtiva. O empreendimento responde por quase 50% em área de todo o distrito de irrigação, que possui 2,4 mil hectares.

Projeto

Projeto de Irrigação de Ponto Novo tem por principal fonte hídrica o rio Itapicuru-Açu. Possui aproximadamente três mil hectares, sendo 2,4 mil hectares a área total irrigável e o restante da área destinado à reserva legal, à preservação permanente e uso comum. No projeto, 146 lotes agrícolas parcelares são destinados a produtores familiares, totalizando aproximadamente 730 hectares. Todos os lotes da agricultura familiar estão ocupados e em produção. Quanto à área empresarial são 59 lotes de áreas variadas, totalizando aproximadamente 1,75 mil hectares, dos quais 1,6 mil hectares irrigáveis.

Todos os lotes empresariais foram licitados, porém, dos 1.627 hectares apenas 420 hectares estão em produção. Os 1.207 restantes, que representam aproximadamente 50% da área irrigável do projeto, não estavam em produção devido à falta de licenciamento ambiental, situação que já foi solucionada.

Além das áreas citadas, existe mais um lote de 110 hectares, dos quais 100 hectares irrigados por pivô central, já em produção de feno para o Programa Sertão Produtivo. O projeto começou em julho de 2000 e a gestão vem sendo feita pelos próprios usuários do sistema de irrigação organizados em um Distrito de Irrigação, entidade com personalidade jurídica, não vinculada ao Governo do Estado. Dentre as principais culturas implantadas no projeto de irrigação estão a banana, coco, manga, maracujá, melancia, goiaba e abacaxi, capim para feno.