O volume de vendas do comércio varejista baiano encerrou o mês de julho em alta de 8,4%, ante o igual período do ano anterior. A informação foi divulgada nesta terça-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e faz parte da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), analisada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria Estadual do Planejamento (Seplan).

Na comparação com junho, houve expansão de 1,1% no volume de vendas do varejo baiano no mês analisado. O comércio varejista do País, por sua vez, registrou crescimento de 0,4% em julho na comparação com o mês anterior, e 13,5%, em relação ao igual período de 2009.

A maior variação de desempenho das vendas do varejo baiano em julho, ante ao igual mês de 2009, foi registrada pelo ramo de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (16,6%). Ao longo do ano passado, o segmento registrou uma série de quedas nas vendas, porém, desde os primeiros meses de 2010, a pesquisa registra uma trajetória de crescimento nas vendas do segmento, sendo o resultado de julho um dos mais expressivos. “Os sucessivos incrementos permitiram ao ramo acumular incremento de 26,2% no período janeiro a julho de 2010. A redução dos preços desses produtos, as condições de pagamento facilitadas em prazos mais longos, possibilitaram aos consumidores de baixa renda o acesso a esses equipamentos, o que explica os resultados favoráveis”, afirma a economista da SEI, Vânia Moreira.

Todos os segmentos componentes da PMC registraram crescimento em julho, na comparação com o igual período de 2009. Neste sentido, houve alta no varejo de Tecidos, vestuário e calçados (15,1%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumarias e cosméticos (10,7%) Móveis e eletrodomésticos (10,6%) Outros artigos de uso pessoal e doméstico (10,6%). Os segmentos de Veículos, motos, partes e peças (19,3%), e Materiais de Construção (13,3%) também tiveram desempenho positivo no período. Estes dois embora não componham o volume de vendas, mas dada a importância no contexto do comércio, a pesquisa acompanha também a estes dois últimos segmentos.

A atividade mais representativa do varejista baiano, hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo registrou crescimento de 7,3% em julho, na comparação com o igual período do ano passado. No acumulado de janeiro a julho, o incremento nas vendas do setor atingiu 9,2%. “Esse segmento, em razão de comercializar, predominantemente, produtos básicos, a exemplo de alimentos, tem receitas determinadas pelo poder de compra dos consumidores. Desde 2009 que o ramo vem se destacando como o principal responsável pela expansão do comércio baiano, face ao peso significativo que ocupa na estrutura do varejo”, observa Vânia Moreira.

Já no período de janeiro a julho, em comparação com o mesmo período de 2009, o comércio baiano acumulou crescimento de 11,1%. Essa taxa foi muito superior à registrada no mesmo período do ano passado quando o crescimento foi de 5,2%.

No acumulado dos primeiros sete meses do ano os oito ramos componentes da PMC apresentaram os seguintes desempenhos: Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (26,2%); Móveis e eletrodomésticos (22,7%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos de perfumaria e cosméticos (12,6%); Tecidos, vestuário e calçados (10,2%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (9,2%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (5,5%); Combustíveis e lubrificantes (5,4%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (4,5%). Já no acumulado dos últimos 12 meses (agosto de 2009 a julho de 2010) o aumento das vendas do varejo estadual foi de 10,3%, contra 6,2%, apurados em igual período de 2009.