Com a presença de acadêmicos e dos secretários de governo Antônio Alberto Valença (Planejamento), Carlos Martins (Fazenda) e Nilton Vasconcelos (Trabalho, Emprego, Renda e Esporte), foi aberto, nesta quinta-feira (16), o VI Encontro de Economia Baiana (VI EEB), organizado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria Estadual do Planejamento (Seplan), com a Desenbahia, agência vinculada à Secretaria da Fazenda, e o Mestrado em Economia da Ufba.

Durante o evento, que segue até esta sexta-feira (17), no Hotel Othon, em Ondina, o secretário de Planejamento anunciou que as propostas para a construção da Ferrovia Oeste-Leste vão ser abertas nesta quinta-feira. "Saberemos o vencedor da concorrência pública dos sete trechos que estão sendo licitados e, após a licença do Ibama, que deve sair até o final deste mês, será dada a ordem de serviço para o início da obra no trecho Ilhéus-Caetité e depois Caetité-Barreiras".

A programação do encontro é ampla, mas há uma preocupação especial em discutir itens relacionados à economia regional, o que inclui mesas redondas com temas como “Concentração do emprego industrial no período 1994-2005: evidências para os municípios do Brasil”, “Pobreza Multidimensional na Bahia: uma análise a partir do indicador multidimensional de pobreza” e “Desenvolvimento Regional e Aglomerações Produtivas na Bahia: uma visão a partir do emprego e dos territórios de identidade”.

Consta ainda da programação das mesas redondas, uma discussão sobre a distribuição da riqueza gerada pelo petróleo, com o tema “Uma Proposta de Distribuição dos Royalties do Petróleo Introduzindo Critérios de Eficiência: uma abordagem DEA”.

De acordo com o diretor-geral da SEI, Geraldo Reis, o evento, que agrega setores do governo, academia, técnicos e profissionais vai discutir as perspectivas de desenvolvimento do estado. “Esse ano, especialmente, temos um tema que é a questão da reconfiguração da economia mundial e um reposicionamento da Bahia diante deste contexto, de conjuntura pós-crise”, salienta Reis, que destacou o crescimento de 9,5% do PIB baiano nesse 1º trimestre e de 10,4% no 2º trimestre, perfazendo no semestre uma média de 10%, segunda maior taxa da história do PIB trimestral. Segundo projeção realizada pela SEI, a Bahia vai crescer este ano 7,2%, ligeiramente acima do PIB nacional, com previsão de crescimento em torno de 6,5% e 7%.

O ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e professor de economia da UFRJ, Antônio Barros de Castro, convidado para ministrar palestra sobre o tema central do encontro, afirmou que o Brasil saiu muito bem da crise iniciada em 2008, mas questionou um plano que pense o cenário futuro. “Diversos países emergentes também se saíram bem. Resta saber qual o próximo passo, o país teve um plano B que permitiu a saída rápida do choque inicial, mas será que temos um plano C. Como é que vão se desenvolver as políticas em vários campos: financeira e espacial”.

Publicada às 11h40
Atualizada às 13h10