O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de Salvador fechou o mês de agosto com variação positiva de 0,01%, o que representa uma relativa estabilidade ante ao mês anterior. A informação foi apurada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria Estadual do Planejamento (Seplan). Já no acumulado do ano, o IPC registra alta de 2,68%, e, no acumulado dos últimos 12 meses, majoração de 2,98%.

Em agosto, os produtos ou serviços que tiveram maiores contribuições positivas na formação da taxa, com suas respectivas variações de preços, foram: Camiseta, blusa e blusão femininos (4%), Cerimônias familiares e religiosas (2,31%), Sandália feminina (7,05%), Condomínio (1,09%), Refeição a la carte (1,11%), Banana-prata (10,59%), Laranja-pera (15,86%), Carne bovina (chupa-molho) (3,96%), Seguro voluntário de veículos (3,51%) e Açúcar cristal (2,00%).

Em contrapartida, os produtos cujos preços exerceram maiores pressões negativas foram: Pacote turístico (-3,70%), Cebola (-27,16%), Batata-inglesa (-19,83%), Feijão rajado (-6,17%), Gastos com empregados domésticos (-0,96%), Feijão mulatinho (-4,46%), Refrigerador (-4,19%), Medicamento vasodilatador (-3,43%), Automóvel novo (-0,18%) e Frango congelado (-1,81%).

Dos 375 produtos e serviços pesquisados mensalmente pela SEI, 150 registraram acréscimos, 96 não tiveram alterações e 129 apresentaram reduções nos preços, no período analisado. A economista da SEI, Daiane Cerqueira, observa que, levando-se em conta apenas os reajustes individuais, os produtos ou serviços cujos preços médios mais aumentaram em agosto foram: laranja-pera (15,86%), limão (14,72%), banana-prata (10,59%), roupa de bebê (8,20%), banana-terra (8,11%), carne bovina (chã-de-dentro) (7,07%), sandália feminina (7,05%), bermuda e short femininos (6,96%), carne bovina (paulista) (5,02%) e mamão (4,85%).

Em agosto, dos sete grandes grupos que compõem o IPC/SEI, quatro registraram variações positivas, enquanto três decresceram. Neste sentido, o índice registrou alta nos setores de alimentos e bebidas (0,14%), habitação e encargos (0,34%), vestuário (0,4%) e transportes e comunicação (0,04%). Por outro lado, houve queda nos preços dos produtos e serviços componentes dos setores de artigos de residência (-0,63), saúde e cuidados pessoais (-0,17%), e despesas pessoais (-0,22%).

A relativa estabilidade do IPC verificada em agosto fez com que a taxa do índice para o acumulado dos últimos 12 meses (setembro/2009 a agosto/2010) ficasse em 2,98%, resultado, portanto, inferior ao acumulado dos 12 meses imediatamente anteriores (agosto/2009 a julho/2010), que foi de 3,43%.

O resultado do IPC da SEI de agosto em Salvador foi obtido através da comparação entre os preços médios dos produtos e serviços pesquisados do primeiro ao último dia útil do mês e os preços coletados no mesmo período do mês anterior, para famílias com rendimentos de um a 40 salários mínimos. A estrutura de ponderação para o cálculo do índice é definida com base na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), realizada pelo IBGE em convênio com a SEI. Desde junho de 2007, o IPC passou a ser calculado com base na nova estrutura determinada pela POF 2002/2003, incorporando, portanto, mudança na ponderação, assim como um aumento na quantidade de produtos pesquisados.

Cesta básica fechou agosto com valor de R$ 171,67 em Salvador

A Cesta Básica passou a valer R$ 171,67 em agosto para o consumidor soteropolitano, o que representa um acréscimo de 0,37% em relação a julho. Com este resultado, a variação acumulada no ano chegou a 2,23%. Dos 12 produtos que compõem a ração essencial mínima, cinco registraram variações positivas: Banana-prata (13,12%), Carne bovina (cruz-machado – 3,94%), Açúcar cristal (2%), Óleo de soja (1,20%) e Pão francês (0,36%). Por outro lado, seis produtos registraram variação negativa: Leite pasteurizado (-0,90%), Manteiga (-1,02%), Arroz (-1,02%), Farinha de mandioca (-1,06%), Tomate (-5,78%) e Feijão (-6,17%). Apenas o preço médio do Café moído permaneceu estável.

Em agosto, o tempo de trabalho necessário para comprar a cesta básica foi de 80 horas e 29 minutos, sendo que o trabalhador comprometeu 33,66% do salário mínimo para adquirir os alimentos. Os produtos componentes da cesta básica são definidos pelo Decreto-Lei 399, de 30 de abril de 1938, que determina o conjunto de 12 produtos alimentares, componentes da ração essencial mínima, e suas respectivas quantidades.