A produção industrial baiana (de transformação e extrativa mineral) registrou alta de 3,6% em julho, ante ao mês anterior. A informação consta da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e analisada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria Estadual do Planejamento (Seplan). Na comparação de julho com o igual período do ano anterior, houve alta de 14,4%. Já no acumulado do ano até o mês em análise, incremento de 13,8%.

No confronto julho ante ao igual período do ano anterior, a expansão (14,4%) representa a décima taxa positiva consecutiva, em comparações anuais. O índice verificado no período coloca a produção industrial baiana no quarto lugar no ranking do desempenho no País. Apenas os estados de Espírito Santo (24,7%), Paraná (18,1%) e Amazonas (16,7%) registraram crescimento mais significativo no período.

No acumulado do ano até julho, a taxa da produção industrial baiana registra acréscimo de 13,8%, impulsionada pelos segmentos de refino de petróleo (42,2%), metalurgia básica (16,3%) e alimentos e bebidas (8,5%), que mais contribuíram para o resultado positivo no período. Já no acumulado nos últimos 12 meses, a expansão foi de e 8,8%, impulsionada pelos segmentos de refino de petróleo (21,9%), produtos químicos (5,7%) e alimentos e bebidas (5,1%).

As maiores taxas de crescimento da produção industrial baiana em julho, na comparação com o mês anterior, foram registradas nos setores de metalurgia básica (16,1%), refino de petróleo e álcool (7,5%), veículos automotores (2,6%), produtos químicos (2,1%), celulose, papel e produtos de papel (1,8%) e alimentos e bebidas (0,6%). O único setor que registrou desempenho negativo em julho foi borracha e plástico, com retração de 7,8%. “Houve uma retomada no ritmo de crescimento da indústria no mês de julho, tendo em vista que, no período, a indústria começa a receber uma série de encomendas para composição de estoques para o segundo semestre do ano”, avalia a economista da SEI, Carla Nascimento.

No período, sete dos segmentos pesquisados registraram variações positivas, destacando-se refino de petróleo (63,2%), celulose e papel (23,2%) e alimentos e bebidas (10,9%), em razão, respectivamente, ao aumento na produção de óleo diesel e nafta para petroquímicas; celulose; leite em pó e refrigerantes, detalha a economista. “A única contribuição negativa veio de produtos químicos (-7,8%), por conta da redução na produção de polietileno e etileno”, considera Carla Nascimento.