Com o anúncio da construção de uma piscina olímpica em Salvador, no centro de treinamento da Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac), em Brotas, em 2011, a Bahia vai contar com dez piscinas públicas. Isso é resultado do trabalho de fomento ao desporto aquático que começou no interior, com a construção de seis piscinas semiolímpicas nas cidades de Senhor do Bonfim, Guanambi, Miguel Calmon, Irecê e Teixeira de Freitas, que já estão sendo utilizadas, e em Correntina, que ainda será inaugurada. Já está sendo construída mais uma em Serrinha.

As piscinas públicas do interior vêm contribuindo para a Federação Baiana dos Desportos Aquáticos descentralizar suas ações, criando várias divisões por território. “Estamos criando polos e delegando pessoas em cada cidade para desenvolver atividades esportivas na área de natação. Seabra, por exemplo, já conta com o seu delegado e vai poder utilizar a piscina que foi construída em Guanambi. Isso é importante, pois não precisa trazer os atletas para nadar em Salvador, o que reduz o custo. Feira de Santana e Santo Antônio de Jesus também já têm seus representantes e no próximo sábado (2) será a vez de Itabuna”, afirmou o presidente da federação, Sérgio Silva.

Os atletas baianos também serão contemplados com uma piscina semiolímpica (25 por 12,5 metros), que fará parte do complexo esportivo da Vila Militar, no bairro dos Dendezeiros, em Salvador. A capital baiana já ganhou sua primeira piscina neste modelo, construída no Centro Social Urbano (CSU) do Nordeste de Amaralina.

A piscina olímpica (50 por 25 metros) da Fundac, cujo projeto foi apresentado no dia 21 deste mês, está sendo preparada para atender crianças e adolescentes do Programa de Iniciação Esportiva, incluindo os portadores de necessidades especiais, os paradesportos e as competições do calendário da Federação Baiana dos Desportos Aquáticos.

Instrumento social

“A construção de piscinas é de extrema importância. É um instrumento social, e através dessa iniciativa é possível formar novos atletas e manter os que já existem. Fico feliz em saber que vamos contar com um equipamento de 50 metros, pois iremos voltar a sediar grandes campeonatos e ter o privilégio de competir em casa”, declarou o para-atleta Marcelo Collet, paulista radicado na Bahia.

Além de servir aos atletas do presente, esses espaços estão a serviço da geração de futuros talentos, com as aulas do Programa de Iniciação Esportiva, no Nordeste de Amaralina, por exemplo. A piscina atende a 168 crianças moradoras do bairro e do Vale das Pedrinhas, Chapada do Rio Vermelho e Santa Cruz.

“Eu gosto muito de nadar nesta piscina. Antes fazia vôlei, mas natação é muito melhor. Depois que comecei a praticar, este ano, fiquei com vontade de ser uma atleta profissional”, disse Vitória Conceição, aluna da Escolinha de Natação da Sudesb no local.

Também aluno de natação, Wendel Gomes demonstra orgulho por aprender uma nova modalidade esportiva. “Eu gosto de vir para cá, mesmo que seja apenas duas vezes por semana, pois aqui estou aprendendo um esporte diferente, porque futebol posso jogar até na rua”.

A primeira piscina pública construída no interior foi no município de Teixeira de Freitas e tem democratizado o acesso à prática da natação. “O equipamento tem sido muito proveitoso. Estamos oferecendo, de segunda a sexta-feira, atividades para 300 crianças, adolescentes e idosos, e já está em andamento um projeto para realizar a primeira competição interna, no final do ano”, informou o diretor de Esportes do município, Cláudio Pereira.