Começam no dia 13 de setembro as obras de ampliação, em 40 mil metros quadrados, da área contígua ao porto de Salvador. O aditivo ao contrato de arrendamento com a empresa Tecon Salvador SA foi assinado terça-feira (2), na Secretaria Especial de Portos, em Brasília, pela Companhia Docas do Estado da Bahia (Codeba). O prazo para conclusão é janeiro de 2012, mas pode haver antecipação na entrega da obra.

Estavam presentes na assinatura, o ministro da Secretaria Especial de Portos, Pedro Brito, o diretor-presidente da Codeba, José Rebouças, acompanhado da diretoria; o chefe de Gabinete do Governador, Fernando Schmidt, além de representantes da Wilson Sons e Tecon Salvador.

Representando o governador Jaques Wagner, Schmidt afirmou que a assinatura do termo aditivo inicia o processo do crescimento logístico do estado, pelo qual a escoação da produção torna-se viável. E mais: com a integração de toda estrutura de portos, a rota de desenvolvimento do estado sai fortalecida e ganha novos rumos na economia brasileira e internacional.

Para Schmidt, com a ampliação da área denominada de Ponta Norte, do porto de Salvador, somada à construção da Via Expressa Baía de Todos-os-Santos e à realização da dragagem de aprofundamento para 15 metros, a Bahia dará um salto na melhoria de condições de operação e na capacidade de movimentação de cargas.

José Rebouças explicou que o estado da Bahia busca melhor acesso marítimo para que navios com maior capacidade de cargas possam atracar no porto, aumentando a corrente de comércio baiana. Em 2009, esse comércio movimentou U$11 bilhões, e, neste ano, no primeiro semestre, já chegou aos U$ 7 bi. Com a expansão, Rebouças acredita que a Bahia terá em torno de 25% de aumento comercial. Os navios de grande porte poderão atracar no porto permitindo o efetivo escoamento da produção.

O ministro Pedro Brito recomendou às empresas rapidez nas obras. “Quero que vocês sejam rápidos”, disse. Segundo ele, as empresas antes tinham o argumento de que o terminal não dava para operar. Agora, esse argumento não existirá mais. Para o ministro é necessário preparar o complexo portuário Aratu/Salvador para receber os navios de grande porte.

Com a nova obra no canal do Panamá, os navios de grande porte vão procurar a costa nordestina para desovar suas cargas e a Bahia, certamente, com a obra no porto, vai ser um dos principais destinos dessas cargas. Com a obra de expansão, o porto poderá receber navios de grande porte, aumentando a capacidade de 180 mil para 300 mil contêiners. O acordo prevê a contrapartida no valor de R$ 25 milhões a título de outorga e ganho de oportunidade de novos negócios, além de investimentos na ampliação de instalações e equipamentos.