O Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), órgão da Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA), apoiou a realização do primeiro Curso de Conservação e Restauração Documental do Convento da Piedade, no Centro de Documentação e Memória dos Frades Capuchinhos.

O curso foi um dos 24 projetos aprovados pelo Programa de Editais do Ipac, que nos últimos dois anos investiu R$ 2,2 milhões em propostas da sociedade civil para a preservação do patrimônio cultural. Iniciado em agosto deste ano, o curso será encerrados nesta sexta-feira (29), quando 38 jovens, secundaristas e universitários de instituições públicas, receberão os certificados de participação.

Segundo o coordenador do Centro, frei Ulisses Pinto, o acervo é composto por documentos dos séculos 16, 17 e 18. Para ele, o edital do Ipac foi importante por possibilitar a gratuidade do curso. “É a primeira vez, em 15 anos, que ministramos o curso para clientela tão jovem”, disse.

Apoio fundamental 
A coordenadora do curso, Ana Figueiredo, e a supervisora Djane Cruz consideraram o apoio do Ipac fundamental. “Proporcionamos conhecimentos básicos de conservação e restauração de documentos e tivemos a possibilidade de fornecer os materiais que são caros, graças ao edital do Ipac”, relata Djane Cruz. Já Ana Figueiredo lembra que com o curso, os participantes têm noções para trabalhar no mercado carente de profissionais capacitados.

A política de editais do Ipac visa apoiar propostas da sociedade civil para complementar as ações já executadas diretamente pelo órgão. Nos últimos quatro anos, o Ipac tem coordenado obras de restauração do patrimônio edificado na Bahia, com investimentos que já somam R$ 70 milhões em Salvador e em municípios do interior do estado, principalmente nas cidades de Cachoeira, no Recôncavo baiano, e Lençóis, na Chapada Diamantina.

O curso no Convento da Piedade é mais uma das diversas ações da SecultBA, por intermédio do Ipac, que é responsável pelas políticas públicas de salvaguarda dos bens culturais baianos.