As vendas do comércio varejista da Bahia expandiram 6,9% em agosto deste ano, em relação ao mesmo período de 2009. Na comparação com julho, a variação foi de 1,2%. As informações são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) realizada em âmbito nacional pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgado em parceria pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento do Estado (Seplan).

Os bons resultados do comércio baiano até agosto fizeram o setor acumular expansão de 10,6%, taxa muito superior à registrada no mesmo período do ano passado, quando as vendas cresceram 5,3%. No acumulado dos últimos 12 meses (setembro de 2009 a agosto de 2010) o aumento das vendas foi de 10,3%, contra os 6,1% observados em igual período de 2009.

O resultado de agosto, em que pese a sua magnitude, foi o menos expressivo deste ano. Ao longo de 2010, um conjunto de fatores vem sustentando os resultados favoráveis do comércio varejista, dentre os quais se destacam a expansão do crédito para financiamentos, a ampliação dos prazos de parcelamento, a melhoria de rendimentos dos consumidores, essencialmente daqueles de menor poder aquisitivo e, principalmente, o aumento do emprego formal no estado.

De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), de janeiro a agosto de 2010, o estado da Bahia registrou um saldo de emprego da ordem de 80.678 postos de trabalho com carteira assinada, enquanto o segmento varejista apresentou um saldo de emprego de 4.281 postos de trabalho. O saldo total coloca o estado da Bahia na liderança entre os demais estados da região nordeste.

Também em agosto deste ano, comparando-se com 2009, todos os ramos do varejo baiano apresentaram resultados positivos no volume de vendas: Móveis e eletrodomésticos (13,6%); Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (11,1%); Tecidos, vestuário e calçados (10,9%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (10,4%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (9,7%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (4,0%); Combustíveis e lubrificantes (3,1%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (0,3%).

No acumulado dos oito primeiros meses de 2010, todos os ramos também apresentaram desempenhos positivos: Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (23,8%); Móveis e eletrodomésticos (21,5%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos de perfumaria e cosméticos (12,3%); Tecidos, vestuário e calçados (10,3%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (8,5%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (6,1%); Combustíveis e lubrificantes (5,2%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (4,1%).

Entretanto, nesse período, as maiores contribuições positivas na formação da taxa geral do comércio vieram do grupo de Hipermercados, supermercados, produtos, alimentícios, bebidas e fumo. No período, o ramo de atividade apresentou taxas de crescimento expressivas, as quais exerceram forte pressão no desempenho do varejo. Tal comportamento se explica pelo fato de que, no contexto das oito atividades que integram o volume de vendas, esse é o de maior representatividade, respondendo por quase 50,0% da taxa que mede o desempenho do comércio.