Exportações baianas registram novo recorde no mês de setembro

As exportações baianas voltaram a alcançar novo recorde em 2010, atingindo em setembro US$ 897,6 milhões, o que supera em 7,5% o volume de agosto – melhor desempenho até então. O volume de vendas externas no último mês também é 23% maior se comparado ao mês de setembro de 2009. No ano, as exportações chegaram a US$ 6,6 bilhões até setembro, o que supera em 32,6% o volume de igual período do ano passado. A informação é do Departamento de Comércio Exterior da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento do Estado (Seplan).

O coordenador de Comércio Exterior da SEI, Arthur Souza Cruz, explica que “foi determinante nesse desempenho, o salto na exportação de petróleo e derivados em 58%, o auge da safra de grãos e a alta nos preços de commodities agrícolas e minerais, principalmente celulose, algodão, café, cobre e ouro, dentre os mais importantes”.

As exportações baianas voltaram a crescer com mais vigor desde agosto último, com a retomada das compras, embora lenta, de mercados tradicionais, como Estados Unidos e Europa, e do vigoroso crescimento das vendas para a América Latina e China. As exportações para esses mercados corresponderam a 77,5% das vendas em setembro, sendo responsáveis por 86% do índice de crescimento obtido no mês.

Importações
Também atingiram o maior volume mensal do ano, as importações, que alcançaram US$ 665,4 milhões, 42,4% a mais que o mês anterior e 41,3% que em setembro de 2009. Foram decisivos para o recorde, segundo o economista, o “mercado interno extremamente aquecido, câmbio sobrevalorizado, o que barateia as compras externas, e a formação de estoques para as festas de fim de ano, quando tradicionalmente as compras aumentam mais”.

As exportações em expansão, por sua vez, também alimentaram as importações em vários setores exportadores, principalmente na área de matérias-primas e de bens de capital, aproveitando preços menores desses produtos. As importações têm crescimento ainda maior – 48,3%, com um volume de US$ 4,9 bilhões. Com esses resultados, a balança comercial do estado acumula um superávit de US$ 1,7 bilhão nos nove meses do ano, 1,5% acima de igual período de 2009.