A cadeia florestal, mais especificamente de produção de eucalipto, está representada na 23ª edição da Fenagro pela Associação dos Produtores de Florestas Plantadas do Estado da Bahia (Abaf). A instituição participa pela primeira vez da feira, que acontece até este domingo (5), apresentando todas as etapas desta cadeia produtiva tão importante para o desenvolvimento econômico e social do estado.

Segundo o presidente da Abaf, Leonardo Genofre, a Bahia possui condições muito propícias ao desenvolvimento do setor de florestas plantadas, devido às condições climáticas locais e à disponibilidade de área para o plantio. Ele destacou também a importância da criação da Câmara Setorial Florestal pelo governo da Bahia. “A criação da câmara é um importante avanço para o planejamento ordenado e coeso das políticas públicas no estado, visando ao desenvolvimento agropecuário”.

As 11 empresas que compõem a associação apresentam materiais explicando o uso da madeira proveniente das florestas plantadas, assim como os subprodutos da cadeia produtiva, desde o seu início, com mudas de eucalipto, ao seu fim, com exibição de produtos finais, como a celulose em fardo e solúvel, resma de papel, carvão, cavaco de madeira, móveis e artesanato.

As florestas plantadas assumiram em todo o mundo grande relevância ao serem utilizadas como fonte de matéria-prima florestal, reduzindo a pressão sobre as florestas nativas e consequentemente estimulando a sua preservação.

Na Bahia, as empresas associadas à Abaf estão empenhadas em promover a preservação das espécies nativas. Algumas chegam a adotar um índice de plantio de cerca de 50% de florestas nativas para o total de florestas de eucalipto plantadas.

Hoje, o setor é responsável pela proteção de mais de 370 mil hectares de mata nativa, seja em áreas de reserva legal, proteção permanente, reservas particulares de proteção natural e outras.

Desenvolvimento do setor
O setor florestal na Bahia vem crescendo muito. Em 2009, o estado foi responsável pelo maior aumento percentual em área plantada de eucalipto.

Dados da Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (Abraf) apontam que a Bahia possui 14% da área de florestas de eucalipto e pinus plantadas no país, o que significa cerca de 630 mil hectares, sendo o terceiro estado no ranking nacional, atrás apenas de Minas Gerais e São Paulo.

A partir de 2011, empresas associadas à Abaf devem investir na Bahia mais de R$ 5 bilhões, um número muito significativo para a economia baiana e acima de tudo a confirmação que a Bahia é um dos maiores polos florestais do Brasil e do mundo. Isso reflete o potencial baiano, que está sendo aproveitado pelas empresas de base florestal de forma sustentável e responsável, trazendo investimentos de grande porte para a Bahia, gerando emprego, renda, fornecimento de matéria-prima de alta qualidade e preservação do meio ambiente.

Posicionamento sustentável
Seguindo o conceito de ‘floresta plantada, madeira legal’, empresas do setor investem em certificações internacionais e desenvolvimento socioeconômico local para garantir um produto sustentável em longo prazo. As florestas plantadas seguem as rígidas normas internacionais de certificação, com destaque para o Forest Stewardship Council (FSC), e nacionais, como o Programa Brasileiro de Certificação Florestal (Cerflor).

De forma rígida, o setor segue toda a regulamentação legal, especialmente de natureza ambiental e trabalhista, sendo todas as suas atividades ambientalmente licenciadas e monitoradas periodicamente pelos órgãos ambientais competentes.

O setor florestal responde hoje, em todo o país, por mais de R$ 1 bilhão em impostos arrecadados, gerando mais de 800 mil empregos diretos e indiretos. Na Bahia, esse número gira em torno de 30 mil vagas nos mais de 40 municípios onde existe a atuação das empresas associadas à Abaf.

Municípios registram crescimento
Uma amostra dos impactos positivos do setor é a evolução dos municípios de Itabela, Eunápolis e Teixeira de Freitas, que apresentaram crescimento importante no Índice Firjan para o componente ‘emprego e renda, educação e saúde’, superior aos registrados em Salvador entre 2000 e 2006.

São as práticas do setor florestal representado pela Abaf que comprovam que a madeira proveniente das suas florestas é boa para a economia, para o meio ambiente e para a sociedade.