As vendas do comércio baiano apresentaram expansão de 8,8% em setembro deste ano, em relação ao mesmo período de 2009. Na comparação dos meses de setembro e agosto de 2010, a variação foi de 0,6%. Esses dados foram apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan).

A pesquisa revela que setembro foi o nono mês consecutivo que o comércio baiano apresentou resultado positivo. No acumulado do ano (janeiro a setembro de 2010), o varejo acumulou crescimento de 10,4%. Essa taxa foi muito superior à registrada no mesmo período de 2009, quando as vendas situaram-se em 5,6%. Seguindo o mesmo ritmo, no acumulado dos últimos 12 meses (setembro de 2009 a agosto de 2010) a expansão das vendas também foi de 10,4%, contra os 6,0% observados no período de 12 meses imediatamente anterior.

Em 2010 um conjunto de fatores vem sustentando os resultados favoráveis do comércio varejista, dentre os quais se destacam: a expansão do crédito para financiamentos, a ampliação dos prazos de parcelamento, a melhoria de rendimentos dos consumidores, essencialmente daqueles de menor poder aquisitivo e, principalmente, o aumento do emprego formal no estado.

Em setembro de 2010, comparando-se com igual mês de 2009, quase todos os ramos do comércio tiveram resultados positivos no volume de vendas: Livros, jornais, revistas e papelaria (15,9%); Combustíveis e lubrificantes (13,3%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (12,2%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (11,1%); Tecidos, vestuário e calçados (9,4%); Móveis e eletrodomésticos (8,9%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (6,1%). O segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação foi o único que teve resultado negativo (-6,5%).

No acumulado dos nove primeiros meses do ano, os segmentos apresentaram os seguintes desempenhos: Móveis e eletrodomésticos (19,9%); Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (19,5%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos de perfumaria e cosméticos (12,2%); Tecidos, vestuário e calçados (10,2%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (8,2%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (6,8%); Combustíveis e lubrificantes (6,1%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (4,9%).

Nesse período, as maiores contribuições positivas na formação da taxa vieram do grupo de Hipermercados, supermercados, produtos, alimentícios, bebidas e fumo. No período, o ramo de atividade apresentou taxas de crescimento expressivas, as quais exerceram forte pressão no desempenho do varejo, este é o setor de maior representatividade, respondendo por quase 50,0% da taxa que mede o desempenho do comércio.