Entre janeiro e outubro de 2010, as exportações da Bahia somaram US$ 7,4 bilhões, com crescimento de 28,2% em relação ao mesmo período do ano passado. As importações ficaram em US$ 5,5 bilhões e crescimento superior ao das exportações: 43,2%. Com isso, o saldo comercial do estado ficou positivo em US$ 1,9 bilhão, mas 1,5% inferior a igual período do ano passado. As informações são da Coordenação de Comércio Exterior da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria Estadual do Planejamento.

No mês de outubro, as importações baianas apresentaram crescimento de 10,2%, enquanto as exportações apresentaram um pequeno recuo de 0,5% na comparação com outubro do ano passado. Com exceção dos combustíveis, houve aumento das compras externas em todas as categorias pesquisadas. Nas vendas, o desempenho do óleo combustível (alta de 119%) liderou o avanço, seguido pela celulose (+39,4%), automóveis (+22%), algodão (+51%) e propeno (+106%).

No ano, o fator preço foi um dos determinantes para a ampliação das receitas das exportações, já que o câmbio não vem ajudando. A valorização dos produtos exportados pelo estado atingiu no período média de 16,9%, ante um incremento de 9,7% no volume físico embarcado. As maiores valorizações foram de produtos químicos (38%), cobre (60%), celulose (40%), derivados de petróleo (37%) e ouro (27%).

A compra de cerca de US$ 1,1 bilhão em bens de capital (alta de 43,8%), fez com que, até outubro, as importações crescessem mais que as exportações. Na categoria de bens intermediários, os seus preços, em queda, também têm ajudado a estimular as compras externas em alguns setores da economia, num cenário em que elas já estão fortemente impulsionadas pela demanda doméstica robusta e pelo dólar barato. Nas importações totais, a indústria é o maior responsável pelas compras, com os bens intermediários respondendo por 42% do total das aquisições.

As vendas para a América Latina cresceram 47,4% no ano. Para o Mercosul, o aumento chegou a 50%, maior crescimento nos destinos. Houve recuperação das vendas para os EUA, que continuam liderando as exportações do Estado com crescimento de 49,8%. Para a China, segundo maior destino, o aumento foi menor, de 11,5%, basicamente em função da queda nos preços da soja no mercado internacional e na redução das vendas de cobre e celulose.