O conservador oficial do Museu Rodin-Paris, François Blanchetière, garante que as esculturas originais do artista francês Auguste Rodin (1840-1917), expostas no Palacete das Artes, em Salvador, estão sob os mais rígidos padrões internacionais de cuidados técnicos de conservação.

Blanchetière permanece na capital baiana até esta sexta-feira (26), onde participa do Seminário Internacional de Restauro de Bens Móveis, promovido pelo Governo da Bahia, por intermédio do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), órgão da Secretaria de Cultura do Estado (Secult).

O Seminário Internacional de Restauro de Bens Móveis e Integrados está sendo realizado na Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (Ufba), no Terreiro de Jesus, das 9h às 19h. O evento reúne especialistas franceses, italianos e de 10 estados brasileiros e será encerado nesta sexta-feira (26).

Oxidação
Administrado pela Secult/BA, o Palacete das Artes Rodin-Bahia abriga 62 obras originais em gesso do mestre da escultura mundial. Segundo o conservador francês, desgastes de esculturas são naturais. “Enfrentamos problemas de oxidação na França, assim como, em qualquer parte do mundo em peças de gesso e outros materiais, como bronze”, diz François. Ele destaca ainda a conservação das quatro peças em bronze dispostas nos jardins do Palacete, localizado no bairro da Graça, em Salvador.

“A equipe do Rodin-Bahia está utilizando técnica de conservação preventiva, com a aplicação de cera micro-cristalina nas obras em bronze para evitar oxidações, comuns em cidades com índices de umidade”, comentou.

Blanchetière elogiou também a limpeza que tem sido feita na famosa escultura de Rodin, ‘O Grande Pensador’, exposta no secular palacete Martins Catharino, imóvel restaurado e tombado pelo Ipac, como Patrimônio da Bahia. “Não se deve limpar a escultura excessivamente sob risco de comprometer as características originais da peça artística e de ocorrer lesões irreversíveis”, disse.