O 39ª edição do Dia Nacional do Samba (2 de dezembro) terá comemoração especial, nesta quarta-feira (1º), a partir das 19h30, no Largo Quincas Berro D’Água, no Pelourinho. O artista Edil Pacheco e convidados soltam a voz em um show gratuito em homenagem ao centenário do compositor Adoniran Barbosa. A apresentação faz parte da agenda Tô no Pelô, projeto do Programa Pelourinho Cultural, promovido pela Secretaria de Cultura (Secult), por meio do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac).

Entre as atrações, Walmir Lima, Firmino de Itapuã, Vânia Barbara, Verônica do Mar e o grupo Sotaque Brasileiro. “Cada participante vai interpretar comigo uma canção de Adoniran”, diz Edil Pacheco, responsável pela programação. Na quinta-feira (2), a comemoração continua, às 21h, no Largo Pedro Arcanjo, com o show Três na Folia, com as cantoras Sandra Simões, Claudia Cunha e Manuela Rodrigues. A apresentação se repetirá todas as quintas-feiras do mês de dezembro.

Destaques da nova geração da música baiana, as cantoras fazem uma apresentação altamente performática, desde o figurino à escolha do repertório. Com a proposta de resgatar e preservar a memória dos antigos Carnavais, o show traz uma concepção artística entremeada por releituras de clássicos de folias momescas de épocas distintas. Destaque para o tributo especial à cantora Carmem Miranda. A entrada é gratuita.

100 anos de Adoniran Barbosa

Se estivesse vivo, Adoniran Barbosa completaria 100 anos de idade. Nascido em Valinhos (SP) como João Rubinato, o compositor, cantor, humorista e ator adotou o nome Adoniran Barbosa de um dos vários personagens que interpretava no rádio.

Abandonou a escola cedo, pois não gostava de estudar. Necessitava trabalhar para ajudar a família numerosa – Adoniran tinha sete irmãos. No rádio criou diversas modas, mexeu com os costumes, inventou a participação popular. A vida profissional se desenvolveu a partir das interpretações de outros compositores.

Autor de diversos sucessos como Saudosa Maloca, Tiro ao Álvaro, Samba do Arnesto, Iracema e Bom Dia Tristeza, Adoniran ficou conhecido por usar a linguagem popular paulistana em suas composições. Cantava a vida sofrida, miserável, mas sempre com bom humor. Ele morreu em 1982, aos 72 anos de idade.

O Dia da Samba

A data foi criada em homenagem a Ary Barroso, que havia composto ‘Na Baixa do Sapateiro’, sem ter conhecido a Bahia. A data marcou a primeira visita do compositor a Salvador. Inicialmente, o Dia do Samba era comemorado apenas na capital baiana, mas acabou transformado em data nacional. Clique aqui e confira outras atrações do Pelourinho Cultural.