A secretária da Casa Civil da Bahia, Eva Chiavon, homenageou, nesta sexta (26), a economista e professora Maria da Conceição Tavares pelos seus 80 anos, durante a 1ª Conferência do Desenvolvimento, promovida pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em Brasília. Ela a presenteou, em nome do governador Jaques Wagner, com um berimbau de prata, símbolo da resistência dos escravos, que jingavam, com criatividade, um instrumento de uma só corda, produzindo múltiplos sons.

Chiavon fez um paralelo com a resistência de Maria Conceição na luta em favor do projeto do desenvolvimento brasileiro, que acabou se consolidando como política pública da área econômica governamental. “Sua honestidade intelectual é a marca da guerreira”, enfatizou sobre a luta incansável da professora pelo desenvolvimento com igualdade social.

O pronunciamento da secretária foi no painel sobre Macroeconomia para o Desenvolvimento, do qual participou ao lado do oficial de Assuntos Econômicos da Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (Cepal) no Brasil, Ricardo Bielschowsky, do diretor do Ipea, João Sicsú, e do membro do Conselho de Orientação do Ipea, Raphael de Almeida Magalhães.

Eva Chiavon destacou os trabalhos, as pesquisas e a militância política da pensadora brasileira em favor do desenvolvimento, além de sua atuação como conselheira de Orientação do Ipea. Lembrou do tempo em que Jaques Wagner foi ministro do Trabalho e Maria da Conceição deu importante contribuição nos rumos da política traçada para a geração de emprego e renda adotada pela pasta. “Foram linhas e sementes importantes e hoje vemos o resultado”.

Citando a frase de Conceição Tavares “e só agora acho que estamos no rumo certo” – numa referência aos rumos positivos que o atual governo federal deu ao desenvolvimento brasileiro, publicada em seu novo livro ‘Desenvolvimento e Igualdade’, lançado durante o evento -, Eva Chiavon exemplificou a Bahia, onde mais de 1,3 milhão de pessoas ascenderam das classes D e E para as classes B e C. “São avanços que refletem o crescimento econômico com inclusão social, cidadania, e proteção aos direitos constitucionais, modelo sempre defendido pela economista”.

“A Maria Conceição sempre foi resistente aos modelos de desenvolvimento como resultado da ação da mão invisível do mercado e sempre acreditou que é preciso construir formas de sustentar esse desenvolvimento. É uma grande mestra do pensamento da macroeconomia, mas colocada na realidade”, disse a secretária.