O Ciclo de Palestras ‘Maria Felipa – Negritude Feminina em Diálogo’, promovido pelo Projeto Mulheres da Paz, levou à comunidade de Narandiba, nesta quarta-feira (24), a história de Maria Felipa, uma mulher negra que ajudou na conquista da Independência da Bahia. Promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate a Pobreza (Sedes), o evento comemora o Dia da Consciência Negra e o Dia Internacional pelo Fim da Violência contra as Mulheres.

O Ciclo foi aberto, na terça (23), no Centro Social Marta Alencar, de Simões Filho, com palestra de Mãe Rosa, Yalaxé do Ylê, sobre ‘Intolerância Religiosa’. “Com essa atividade, as pessoas poderão aprender a respeitar mais a sua comunidade, o próximo e a criar uma conscientização maior do seu valor”. A palestra desta quarta foi realizada pela historiadora e escritora Eny Kleide Farias, autora do livro “Maria Felipa de Oliveira – Heroína da Independência da Bahia”, no Centro Social Urbano(CSU) de Narandiba.

Nesta quinta-feira (25), a partir das 14h, o Ciclo terá continuidade em Lauro de Freitas, no auditório Espaço Cidadão, onde será debatido o tema ‘Violência contra as mulheres negras e a Lei Maria da Penha’, com a delegada titular da Delegacia do Nordeste de Amaralina e especialista em Políticas de Segurança Pública, Jussara Souza.

O evento termina na próxima terça-feira (30), nos cinco territórios de abrangência do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) – Salvador, Lauro de Freitas, Camaçari e Simões Filho. “O objetivo da iniciativa é estimular o debate sobre o papel da mulher e sua importância na construção de uma sociedade justa e igualitária”, afirmou a coordenadora do Projeto Mulheres da Paz na Bahia, Jaciara Ribeiro.

Exemplo de resistência
Natural de Itaparica, Maria Felipa é reconhecida pelos historiadores como uma mulher de muita coragem, habilidade de capoeirista e trabalhadora marisqueira. Respeitada pela população da Ilha, ela participou ativamente das lutas pela Independência da Bahia. Atualmente diversas faculdades e universidades brasileiras estudam a sua história e o importante papel na vitória sobre as tropas de dominação portuguesa ao queimar, junto com outras mulheres, 42 barcos da esquadra lusa.