Estima-se que, no Brasil, existam seis milhões de portadores de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), que é silenciosa e se manifesta com mais frequência em fumantes e ex-fumantes. Apenas 12% desta população sabem que têm a doença. Com o objetivo de possibilitar o seu diagnóstico, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), por intermédio do Hospital Especializado Octávio Mangabeira (Heom), em parceria com o Hospital Universitário Professor Edgar Santos (Hospital das Clínicas), realiza, no dia 3 de dezembro, a partir de 8h, atendimento a pessoas com mais de 40 anos, fumantes ou ex-fumantes, priorizando os que apresentam tosse ou falta de ar.

A DPOC é uma doença crônica, progressiva e irreversível, que acomete os pulmões e tem como principais características, a destruição de muitos alvéolos e o comprometimento dos restantes. Os principais sintomas dos pacientes são a limitação do fluxo aéreo (entrada e saída do ar), principalmente na fase expiratória, falta de ar, fadiga muscular e insuficiência respiratória entre outros.

Os principais fatores desencadeadores da DPOC (enfisema pulmonar e bronquite crônica) estão relacionados principalmente ao tabagismo, seguido de exposição passiva ao fumo (pessoa que vive junto com o fumante), exposição à poeira por vários anos e poluição ambiental.

O diagnóstico da DPOC é feito, na maioria dos casos, com base na exposição ao tabaco relatada pelo paciente, associada a queixas e a alterações detectadas no exame físico. Podem ser feitos exames complementares como exames de imagem (radiografia e tomografia computadorizada do tórax), exames de sangue e espirometria (teste de função pulmonar que mede a capacidade de ar dos pulmões, dando uma idéia do seu funcionamento).