Em outubro, as vendas do comércio varejista da Bahia expandiram 7,7% em relação ao mesmo mês de 2009, segundo informações da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada em âmbito nacional pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A pesquisa foi divulgada, em parceria, pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento do Estado (Seplan). Na comparação com setembro, mês imediatamente anterior ao pesquisado, a variação foi de 1,7%.

No mês em análise, os dados do comércio varejista do estado, comparados com os de igual mês de 2009, quase todos os ramos apresentaram resultados positivos no volume de vendas. O bom desempenho até o mês de agosto fez o setor acumular no período janeiro-outubro de 2010, em comparação com o igual período de 2009, crescimento de 10,1%.

Expansão do comércio
A taxa foi muito superior à registrada no mesmo período do ano passado, quando as vendas situaram-se em 6%. Por sua vez, no acumulado dos últimos 12 meses (outubro de 2009 a setembro de 2010), o aumento das vendas foi de 10,2%, contra os 5,9% observados no mesmo período de 2009.

O segmento de móveis e eletrodomésticos apresentou a variação mais expressiva de desempenho das vendas (19,1%), enquanto que na variação acumulada no ano atingiu 19,8%.

“As razões para tal resultado podem ser creditadas às condições mais favoráveis de emprego e de renda, ao aumento do crédito para financiamento e à ampliação dos prazos para pagamento, que foram de fundamental importância para motivar os consumidores”, explica Lucas Marinho, técnico da SEI.

“Tendo em vista que cerca de 80% das transações comerciais do ramo estão atreladas diretamente aos financiamentos e, como a população de baixa renda ao assumir um crediário leva em consideração a prestação, cujo valor deve ser compatível com seu orçamento, os prazos mais longos possibilitam a esses consumidores adquirirem tais bens”, diz.

Em seguida destacou-se o ramo de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos com acréscimo nas vendas de 12,1%, acumulando 12,2% no ano.

Com incremento de 8,9% em outubro de 2010, o grupo de outros artigos de uso pessoal e doméstico apresentou o terceiro melhor resultado no mês, em razão da data comemorativa do Dia das Crianças e da grande variedade de artigos comercializados pelas lojas que o integram, destacando-se as de material ótico e fotográfico, joias, artigos esportivos, brinquedos, etc. Nos dez meses, a expansão foi de 7,1%.

Em outubro de 2010, o segmento de livros, jornais, revistas e papelaria apresentou crescimento no volume de vendas (8,5%), acumulando 5,2% nos dez meses do ano. Salienta-se que o segmento em análise atingiu 5,2% na variação acumulada no ano. Já o ramo de combustíveis e lubrificantes apresentou em outubro um crescimento de 7,4%; no acumulado do ano a variação atingiu 6,3%.

A atividade mais representativa do comércio varejista, hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo registrou crescimento de 3,1% em outubro. De janeiro a outubro de 2010, o aumento nas vendas atingiu 7,6%.
Desde 2009 que este ramo vem se destacando como o principal responsável pela expansão do comércio baiano, em face do peso significativo que ocupa na estrutura do varejo. Quando desagregado o subgrupo de hipermercados e supermercados, sua expansão é de 4,3% no mês e de 7,6% no ano.

O segmento de tecidos, vestuário e calçados apresentou, em outubro, aumento de apenas 1%, enquanto que no acumulado do ano a variação foi de 9,2%. O único ramo que apresentou variação negativa foi o de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-11,3%). No ano, o ramo acumula incremento de 16,3%.

Entre os segmentos que não compõem o volume de vendas do varejo, mas são pesquisados, o segmento de veículos, motos, partes e peças registrou variação positiva de 20,6% em outubro de 2010, acumulando no ano de 2010 um crescimento de 11,5%. A atividade material de construção atingiu um crescimento nas vendas de 6,6% em outubro, salientando que desde outubro de 2009 vem apresentando resultados positivos. As elevadas taxas de crescimento observadas de janeiro a outubro de 2010 foram determinantes para atingir expansão de 16,4%.