Nesta quarta-feira (22), a Fundação Pedro Calmon (FPC), unidade da Secretaria de Cultura do Estado (Secult), realiza dois importantes lançamentos no Palácio Rio Branco (Praça Municipal), que marcam iniciativas do órgão para a promoção do livro e da leitura. Às 16h, será lançado o Guia das Bibliotecas Públicas do Estado da Bahia, com informações sobre as 425 unidades espalhadas por todo o território baiano. A publicação celebra uma importante conquista da Bahia este ano – ter zerado o número de municípios sem bibliotecas públicas, resultado da parceria entre o Governo do Estado, o Ministério da Cultura e as prefeituras.

Às 8h, no mesmo local, haverá o lançamento do primeiro volume da publicação ‘Octávio Mangabeira – Cartas do 1º Exílio’, que traz 203 cartas escritas no período entre 1930 e 1932 e selecionadas do rico acervo sobre o ex-governador do Estado, reunido pelo Centro de Memória da Bahia. Ao todo são 17.548 documentos sobre Octávio Mangabeira, entre textos e fotografias, totalmente digitalizados, que serão publicados em diferentes volumes.

A organização do material foi possível a partir da doação feita por Maria Helena Pinho Gama, filha de Euvaldo Pinho, cunhado de Mangabeira e um dos que mais se corresponderam com Octávio Mangabeira durante o seu exílio na Europa.

Bibliotecas
O Guia das Bibliotecas Públicas, em versão digital e distribuição gratuita, traz endereço e fotos das 417 bibliotecas, incluindo as oito unidades estaduais. “Nesta gestão, a Bahia seguiu em frente ao cumprir a meta federal de zerar o número de cidades sem biblioteca pública municipal”, destaca o diretor-geral da Fundação Pedro Calmon, Ubiratan Castro de Araújo.

Desde 2007, a FPC implantou 152 bibliotecas públicas municipais em cidades baianas. Além disso, realizou assistências técnicas para municípios que já possuíam biblioteca, por meio de treinamentos de gestores e funcionários sobre atendimento, informação e conservação dos acervos.

Na parceria entre as três esferas de poder para a implantação de bibliotecas municipais, cabe à prefeitura disponibilizar um imóvel adequado para a biblioteca e funcionários destinados a fazer a sua manutenção e atendimento ao público. A cidade de Paripiranga, localizada a 340 quilômetros de Salvador – no território Semiárido Nordeste II, foi o único município baiano que, mesmo contemplado para receber todos os equipamentos e acervos necessários para a implantação da biblioteca, não viabilizou a instalação da unidade.

“É preciso vontade política dos gestores municipais e entendimento da importância deste equipamento para a socialização do conhecimento e da informação no município”, afirma a gerente do Sistema de Bibliotecas Públicas da Fundação Pedro Calmon, Maria Cristina Santos. A relação de todas as bibliotecas públicas do estado está no site da FPC.