Tornada oficialmente bem público imaterial da cultura baiana através de decreto do governador Jaques Wagner em dezembro de 2008, a Festa de Santa Bárbara – que acontece no Pelourinho, Centro Histórico de Salvador – ganha neste sábado (4), mais um produto para preservar a sua memória e difusão em escolas, colégios, bibliotecas, faculdades e universidades, e outras instituições culturais.

Trata-se do livro “Festa de Santa Bárbara”, quinta edição da série Cadernos do IPAC, que de 2007 a 2010 já publicou livros sobre Pano da Costa, Festa da Boa Morte, Carnaval de Maragojipe e Desfile dos Afoxés, este último lançado na terça-feira (30), no Palácio da Aclamação. A iniciativa é do Instituto do Patrimônio do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) da secretaria estadual de Cultura (SecultBA).

Segundo o diretor geral do IPAC, Frederico Mendonça, a publicação dos dados e informações produzidas pelas equipes técnicas multidisciplinares do Instituto é uma obrigação regimental. “Temos que tornar público o conhecimento científico produzido na instituição e um deles é o dossiê de pesquisas que fundamentam os registros dos patrimônios imateriais da Bahia, como a Festa da Boa Morte”, ressalta Mendonça.

O gestor estadual destaca que os livros serão distribuídos para bibliotecas de todo o estado através da Fundação Pedro Calmon – parceira das edições Cadernos do IPAC – e trabalhados pelos sistemas públicos de ensino estadual e municipais. Para Mendonça, o patrimônio intangível, como as festas e celebrações de um povo, só resistem ao tempo e sobrevivem, como a Festa de Santa Bárbara sobreviveu por três séculos, graças ao desejo de uma comunidade de repassar aquela herança para as gerações futuras.