Nesta sexta-feira (10), um dia depois da apresentação dos dados do Produto Interno Bruto (PIB) do País, feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria Estadual do Planejamento (Seplan), apresentou os dados do PIB baiano relativos ao terceiro trimestre deste ano (julho a setembro).

A economia baiana registrou um crescimento de 6,4% no terceiro trimestre de 2010, em relação ao mesmo período de 2009. Diante dos índices alcançados este ano, a SEI estima que o PIB 2010 chegue a 7,5%, firmando-se como a segunda maior da série histórica do PIB da Bahia.

Segundo o diretor-geral da SEI, Geraldo Reis, esse resultado é extremamente positivo. “A primeira maior taxa foi de 9,6%, em 2004”.

De acordo com a apresentação, houve crescimento em todos os setores da economia. No entanto, nos três meses avaliados, a indústria de transformação, a construção civil e a agropecuária se destacaram. Como previsto, o setor de serviços determinou o crescimento do PIB, com um aumento de 6,1%. Dentro desse índice, estão contabilizados o crescimento do setor varejista (9,2%) e o segmento de transportes (9,4%).

No terceiro trimestre de 2010, a agropecuária apresentou expansão de 9,9% em relação ao mesmo período de 2009. O crescimento está diretamente relacionado à produção de grãos na Bahia.

Entre 2010 e 2013, o PIB baiano deve manter uma média de crescimento em torno de 5%, o que, segundo Reis, indica um cenário econômico estável. “Significa que a economia está retornando a um patamar bastante positivo, porém mais sustentável, com menos riscos de disfunção, como, por exemplo, tendência inflacionária”.

Na comparação, a indústria obteve o segundo maior crescimento no mesmo período, com 7%. A construção civil, considerada um segmento da indústria, conquistou a maior expansão do trimestre (11%), com reflexo na geração de emprego (27.114 postos de trabalho, num crescimento de 20,2%).

“O PIB da Bahia no trimestre (6,4%) ficou muito próximo do PIB do Brasil (6,7%). A diferença se deu porque os impostos, nacionalmente, foram mais robustos. Dos três setores em destaque, em dois deles, agropecuária e serviços, a Bahia se manteve acima da média do Brasil”, observou o chefe-de-gabinete da Secretaria Estadual do Planejamento, Edson Valadares.

No ramo da construção civil, também foi registrado um incremento maior (11%) que o nacional (9,6%). Para Valadares, empreendimentos em andamento na Bahia são responsáveis por manter as expectativas de crescimento no estado.

“Isso é resultado da política que vem sendo desenvolvida, com a expansão do setor imobiliário, além dos programas habitacionais. Temos a expectativa de que o PIB permaneça num índice sustentável, por conta do que está acontecendo, a exemplo da ordem de serviço que o presidente Lula assina nesta sexta-feira para a construção da Ferrovia Oeste-Leste e os projetos da Copa 2014 – obras de mobilidade urbana e da Arena Fonte Nova”, destacou o chefe-de-gabinete.

Municípios agroindustriais
Na oportunidade, também foram divulgados os dados do PIB dos municípios agroindustriais em 2008. Os dez maiores municípios em relação ao PIB da Bahia foram Salvador, Camaçari, São Francisco do Conde, Feira de Santana, Candeias, Simões Filho, Vitória da Conquista, Lauro de Freitas, Paulo Afonso e Itabuna.

Juntas, essas cidades responderam por 57% do PIB estadual 2008. A lista completa, com as menores e maiores variações, bem como as comparações, pode ser acessada no site da SEI.