No mês de outubro, a produção industrial da Bahia avançou 5,4% em relação a setembro, maior expansão encontrada no período entre os 14 locais observados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM/IBGE) e acima do crescimento do País (0,4%). O estado acumulou expansão de 10,2% no ano, de janeiro a outubro. Em relação a outubro de 2009, o crescimento da indústria baiana foi de 5,3%. Nos últimos 12 meses, o incremento é de 10,7%, segundo informações da PIM, analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento do Estado (Seplan).

O acréscimo de 5,4% foi influenciado, sobretudo, pelos crescimentos nos setores de metalurgia básica (11,7%), produtos químicos (6,0%), refino de petróleo e álcool (4,4%) e automotivo, este último com taxa de 93,8%, resultado do efeito base, pois no mês anterior houve queda devido à parada por greve dos operários na indústria do ramo. Influenciaram negativamente os ramos de borracha e plástico (-1,4%) e de Celulose, papel e produtos de papel (-0,6%).

Frente a outubro de 2009, o incremento de 5,3% colocou a Bahia na 5ª posição entre os 14 locais investigados, atrás de Goiás (20%), Espírito Santo (11,3%), Minas Gerais (7%) e região Nordeste (6,2%). Houve colaboração positiva de todos os setores, com exceção de celulose, papel e produtos de papel, que registrou taxa negativa de 6,7%.

“A redução na produção de celulose e papel deve-se à parada programada para manutenção, neste período, em uma unidade da indústria do setor instalada em Mucuri”, explica a técnica da SEI, Carla Janira do Nascimento. Os demais segmentos registraram variações positivas, sendo que a maior contribuição veio de refino de petróleo e produção de álcool (10,9%), seguida de alimentos e bebidas (12,0%) e produtos químicos (2,8%).

No acumulado do ano, período de janeiro a outubro, comparado com o mesmo período do ano anterior, a taxa da produção industrial baiana acumulou acréscimo de 10,2%. Refino de petróleo e produção de álcool (28,4%), alimentos e bebidas (8,0%), metalurgia básica (12,5%), e produtos químicos (3,1%) foram os segmentos que mais contribuíram para o resultado positivo no período.