A taxa de desemprego durante o mês de novembro na Região Metropolitana de Salvador (RMS) caiu de 15,4%, em outubro, para 14,8% da População Economicamente Ativa (PEA). A informação é da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED/RMS), realizada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan), em parceria com o Diese, a Secretaria de Emprego Trabalho e Renda e a Fundação Seade.

No conjunto das sete regiões metropolitanas pesquisadas pela PED (São Paulo, Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Fortaleza e Distrito Federal), a taxa de desemprego manteve-se relativamente estável, ao variar de 10,8%, em outubro, para os atuais 10,6%.

A taxa de desemprego apresentou desempenho diferenciado entre as regiões. Reduziu-se em Porto Alegre, Recife e Salvador. Aumentou em Fortaleza e Belo Horizonte, e permaneceu relativamente estável em São Paulo e no Distrito Federal.

Na RMS, o contingente de ocupados foi estimado em 1,6 milhão pessoas, enquanto que o número de desempregados foi de 279 mil. A queda do contingente de desempregados, entre os meses de outubro e novembro, deve-se à menor pressão da População Economicamente Ativa (PEA) no mercado de trabalho metropolitano.

A saída de 22 mil pessoas da força de trabalho superou as sete mil ocupações que foram eliminadas na RMS, resultando na redução do desemprego em 15 mil pessoas. A taxa de participação variou de 58,7%, em outubro, para 57,9%, em novembro.

“Este comportamento sazonal do mercado de trabalho metropolitano é esperado para os meses de novembro e dezembro, quando há uma diminuição do número de vagas”, diz Thaiz Braga, diretora de Pesquisas da SEI. Segundo ela, o que se verificou em novembro foi a queda do número de ocupações, “uma vez que as empresas realizam contratações temporárias em períodos anteriores, antecipando a maior demanda que se verifica no período de festas. Junte-se a isso a menor pressão sobre o mercado de trabalho da população economicamente ativa baiana no final do ano”, explica.

Em relação aos setores de atividade econômica, a pesquisa mostra que o nível ocupacional diminuiu no setor de Serviços (-12 mil ou -1,2%) e no agregado Outros Setores, que inclui Serviços Domésticos e Outras Atividades (-6 mil ou -4,3%), e permaneceu relativamente estável no Comércio (-1 mil ou -0,4%). Em contrapartida, aumentou o nível ocupacional na Indústria (8 mil ou 6,5%) e na Construção Civil (4 mil ou 3,3%).

No mês de outubro de 2010, o rendimento reduziu-se tanto para os ocupados (-3,0%) quanto para os assalariados (-2,0%). Os valores desses rendimentos foram estimados em R$ 1.058 e R$ 1.156, respectivamente.

Comparação anual 
Na comparação com novembro de 2009, o desemprego diminuiu intensamente, ao passar de 17,8% para os atuais 14,8% da população economicamente ativa. No período, o desemprego caiu, principalmente, devido o crescimento no nível de ocupação.

De acordo com a PEDRMS, o contingente de desempregados foi reduzido em 50 mil pessoas, como resultado da geração de 87 mil ocupações, número superior ao de pessoas que passaram a pressionar o mercado de trabalho (37 mil). A taxa de participação diminuiu de 58,3%, em novembro de 2009, para os atuais 57,9%.

Nos últimos 12 meses, o número de ocupados aumentou 5,7%, passando de 1.518 mil para 1.605 mil pessoas. Todos os setores de atividade econômica apresentaram crescimento no número de contratações, conforme a discriminação a seguir: Serviços (41 mil ou 4,5%), Construção Civil (24 mil ou 23,3%), Comércio (15 mil ou 6,1%), Indústria (4 mil ou 3,1%) e o agregado Outros Setores, que inclui os Serviços Domésticos e Outras Atividades (3 mil ou 2,3%).

Ainda na comparação com outubro de 2009, o rendimento aumentou para os ocupados (3,4%) e, em menor medida, para os assalariados (1,6%). O acréscimo derivou de elevação mais intensa no nível de ocupação e, em menor medida, do nível de rendimento médio.