Cerca de 300 pessoas participaram nesta segunda-feira (6) da IX edição do ‘Pensar a Bahia’, evento promovido pela Secretaria do Planejamento (Seplan), com o objetivo de debater as mudanças em curso nos paradigmas da educação superior e colher contribuições para seu fortalecimento. O evento foi realizado no Hotel Sol Bahia Atlântico, em Salvador, e contou com a participação de secretários estaduais e dirigentes de órgãos públicos, estudantes, reitores, professores e técnicos do ensino superior na Bahia.

De acordo com o secretário estadual do Planejamento, Antônio Alberto Valença, as proposições e demandas colhidas durante o debate serão analisadas a fim de integrar o Plano Bahia 2023, que é um documento de planejamento de longo prazo e estabelece as diretrizes para a elaboração dos próximos três Plano Plurianuais (PPAs). “As universidades são vetores do desenvolvimento e para isso devemos estimular e fortalecer a produção de novos conhecimentos, ao invés de circular o já existente”, destaca Valença.

Para o diretor de Regulação e Supervisão da Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), Paulo Roberto Wollinger, o Brasil tem quatro grandes desafios para resolver na área do ensino superior. Primeiro, é ampliar e distribuir melhor o número de vagas, diversificar os cursos, interiorizar o ensino superior e melhorar a qualidade do ensino em todas as universidades. “A educação superior é formadora de profissionais de alto nível e são eles os responsáveis pelo desenvolvimento cientifico e tecnológico desse país”, salientou.

Cooperação técnica 
Durante o evento, foi assinado um Acordo de Cooperação Técnica entre o Ministério da Educação e o Governo do Estado da Bahia, com o objetivo de elevar a qualidade e agilizar os processos de regulação da educação superior pública das universidades públicas baianas, por meio do Sistema de Regulação do Ensino Superior do Ministério da Educação (e-MEC), do governo federal.

“Respeitando a autonomia das universidades, o objetivo da avaliação é fortalecer o sistema estadual de universidades públicas da Bahia, além de propor políticas públicas para o desenvolvimento da educação superior no estado”, disse o Secretário da Educação do Estado, Osvaldo Barreto.

Estudantes de universidades estaduais aproveitaram a realização do evento para reivindicar a criação de um programa de assistência estudantil com rubrica orçamentária própria, e a revogação da Lei 7.176-97, tendo como foco a ampliação da autonomia e democracia interna.