A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), a Secretaria do Planejamento (Seplan) e a Diretoria de Serviço Geográfico do Exército (DSG) reuniram-se, nesta quinta-feira (2), para apresentação da segunda etapa do Projeto de Atualização da Cartografia do Estado. No encontro, a DSG detalhou para o secretário Antônio Alberto Valença, o projeto piloto referente à planialtimetria e suas possibilidades de aplicação, tomando como exemplo a cidade de Luís Eduardo Magalhães, no oeste baiano.

A nova cartografia baiana está sendo coordenada pela SEI, em parceria com os demais órgãos da Comissão Estadual de Cartografia (Cecar), sendo que a DSG, responsável pela validação dos produtos contratados e pelo projeto piloto referente à planialtimetria, informou que 40% das fotografias aéreas realizadas pela empresa Engemap foram validadas pelo Exército, que percorreu cerca de 70% do território da Bahia.

Além de validar a qualidade das imagens de satélite e das fotografias aéreas, a visita de campo serve para realizar o levantamento da planialtimetria, identificando as construções, estruturas e pontos de referências que ajudam a localizar com precisão e determinar as coordenadas de pontos das imagens.

Na reunião, os técnicos da DSG revelaram as potencialidades da planialtimetria e como é possível extrair informações do seu banco de dados. Com as informações disponíveis nos produtos cartográficos, o governo poderá evitar erros em obras, prevenir calamidades públicas, aperfeiçoar o recolhimento fiscal, auxiliar no desenvolvimento de planos diretores urbanos, entre outros.

Projeto ajuda racionalizar os recursos públicos

Os produtos da nova cartografia da Bahia poderão ser aplicados em trabalhos das secretarias estaduais do Planejamento, do Meio Ambiente e da Fazenda, além de prefeituras municipais. A racionalização dos recursos públicos será um dos maiores benefícios para o governo.

“Quando se trata de defesa civil, por exemplo, é possível realizar a prevenção de calamidades, com o cruzamento de informações e o mapeamento das áreas de risco das cidades, além de prever vias de acesso para evacuação da população e elaborar planos de emergência. Em obras, é possível calcular volume e superfície para, por exemplo, construção de estradas e de obras de infraestrutura com precisão”, disse o Coronel Omar Antônio Lunardi.

Na reunião, o coronel Omar Lunardi não escondeu a satisfação da DSG em participar deste trabalho, afirmando que “este projeto é sensacional, tanto pelo pioneirismo da tecnologia, quanto pelas informações que ele vai disponibilizar para os usuários. Acredito que este trabalho está resultando em um projeto que vai além da cartografia tradicional”.

Ainda neste mês, o projeto piloto da planialtimetria, compreendendo 32 folhas do oeste, será entregue nos formatos impresso e digital. Para 2011 está prevista a capacitação de técnicos da administração pública estadual destinada a habilitá-los a extrair o máximo de informações dos produtos gerados.

“Para nós, da Seplan, que estamos realizando trabalhos de cunho estratégico, o projeto de atualização é de extrema importância. Aqui, nossas portas estão abertas para o desenvolvimento deste trabalho”, ressaltou o secretário Valença, que acenou com a possibilidade do projeto piloto de planialtimetria ser estendido para todo o estado. O encontro contou ainda com a participação do diretor de Informações Geoambientais da SEI, Antônio Cunha, do chefe de gabinete da Seplan, Edson Valadares, da técnica da SEI, Rita Pimentel, e de técnicos da DSG e da Seplan.