Uma redução, em média, de 25% no consumo de água e energia elétrica é esperada com o Programa de Racionalização do Consumo de Água e Energia nos Prédios Públicos, instituído nesta terça-feira (11) por decreto do Governo do Estado. A medida, a ser implementada pela Secretaria da Administração (Saeb), tem como objetivo ampliar o acompanhamento e a fiscalização dos gastos com água e energia, que juntos custam aos cofres públicos cerca de R$ 128,7 milhões anuais.

Um total de 414 prédios públicos, entre escolas, presídios e hospitais, pertencentes ao Estado terá seus gastos com água e luz monitorados. Nos últimos três anos, o Estado já consolidou a economia anual da ordem de R$ 27 milhões nestes serviços. A iniciativa está em conformidade com o programa de qualificação do gasto público, o Compromisso Bahia, que combate o desperdício na máquina administrativa do Estado.

O sistema informatizado de controle foi disponibilizado pela Universidade Federal da Bahia (Ufba). A fiscalização dos serviços cabe aos servidores estaduais lotados nestes prédios e que integrem os Ecotimes, grupos responsáveis por atuar diretamente no monitoramento dos gastos de água e energia, no acompanhamento e interpretação diária dos dados, bem como na sistematização dos ganhos obtidos.

“O controle e a gestão do consumo de água e luz dos prédios públicos vão encorpar outras ações voltadas para a qualificação dos gastos com itens de consumo da máquina administrativa do Estado. A idéia é estancar o desperdício de recursos públicos, revertendo os valores economizados em novos investimentos”, comenta o Secretário da Administração, Manoel Vitório.

A partir do decreto governamental, o projeto entre em sua fase prática, sendo espraiado para o conjunto de prédios públicos do Estado. Na etapa inicial de aplicação, a Saeb pode realizar um estudo preliminar que definiu o perfil dos gastos de água e energia em dezessete prédios da administração pública, quinze deles localizados no Centro Administrativo da Bahia (CAB). A análise ajudou a definir a metodologia para implantação do sistema nos prédios públicos, identificando características das edificações, perfil dos usuários, composição de gastos, características das demandas e consumo.

De acordo com a Superintendente de Serviços Administrativos da Saeb, Jerusa Marins, nesta fase, os Ecotimes entram em campo para conter os possíveis desperdícios e acompanhar o consumo diário de água e luz, lançando no sistema os dados coletados. “Estamos formando equipes preparadas para fazer o acompanhamento prático dos consumos de água e energia em cada prédio, identificando os desperdícios e orientado os gestores a adotar as medidas práticas de correção e manutenção hidráulica e energética”, explica.