Traçar atribuições para os possíveis efeitos da chuva e outros eventos extremos em toda a Bahia. Este foi o motivo que levou o Instituto de Gestão das Águas e Clima (Ingá) a se reunir com diversos órgãos do governo estadual na última terça-feira (18), na Casa Civil.

No encontro estavam presentes representantes das secretarias de Meio Ambiente, da Saúde e de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza, Instituto de Meio Ambiente (IMA), Coordenação de Defesa Civil (Cordec), Corpo de Bombeiros, Casa Militar, Conder, Voluntárias Sociais e Embasa. O grupo apontou diretrizes para situações de emergência, em caso de grande quantidade de chuva e também para fatos relacionados a incêndios florestais e à seca.

O diretor de Monitoramento e Informação do Ingá, Gabriel Palma, destacou que uma das atribuições do Ingá é disponibilizar para a sociedade a meteorologia do estado para, inclusive, auxiliar decisões do governo em situações de alerta. “Nessa operação chuva, podemos contribuir com o monitoramento de dados, emissão de boletim pluviométrico diário e previsão do tempo, que serão emitidos para todos os órgãos institucionais”.

A previsão climática para o estado é elaborada por meteorologistas do Centro Estadual de Meteorologia da Bahia (Cemba/Ingá), com base nos resultados dos modelos numéricos de previsão climática, nas discussões técnicas entre meteorologistas de todo o Nordeste e de instituições como o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/Inpe) e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Todos os dados servem de subsídio ao planejamento, desenvolvimento de políticas públicas ou ações da iniciativa privada e podem ser acessados no site do Ingá.

Projeto de parceria

Palma informou que já existe uma parceria entre o Ingá, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Cordec para construção do projeto Elaboração de Planos de Emergência e de Contingência para Eventos Críticos no Estado da Bahia, que vai propor uma rede de monitoramento adequada para subsidiar o sistema de alerta, bem como a criação de uma sala de situação que dará suporte às ações do Estado e municípios na prevenção dos desastres naturais considerados eventos extremos.

Previsto para começar no primeiro semestre deste ano, o projeto vai contratar por 18 meses três bolsistas especialistas na área de hidrologia, meteorologia e análise de sistemas ou geoprocessamento.

Segundo o diretor-geral do Ingá, Wanderley Matos, também presente à reunião, as ações previstas para o projeto podem ser absorvidas dentro do Plano Estadual de Contingência das Chuvas, que será acompanhado pela Comissão de Resposta aos Danos das Chuvas, formada pelos órgãos envolvidos.

“A intenção é trabalhar com a prevenção aos acidentes e para isso o Ingá apontou durante a reunião algumas necessidades urgentes, como mapear as áreas de risco, criar uma sala de situação, instituir a ação de acordo com a gravidade do problema, além de ampliar os boletins pluviométricos (chuvas), fluviométricos (rios) e meteorológicos telemétricos (transmissão em tempo real)”, explicou Matos.