Em novembro de 2010, o comércio varejista do estado da Bahia apresentou expansão de 12,6% no volume de vendas em relação a igual mês de 2009, acumulando 10,3% de incremento nas vendas nos 11 primeiros meses do ano. Na comparação com outubro, mês imediatamente anterior ao pesquisado, o crescimento do varejo foi de 1,8%. O ramo de móveis e eletrodomésticos foi destaque tanto no resultado mensal quanto no que mais ampliou as vendas no mês.

Os dados foram apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada em âmbito nacional pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e divulgados, em parceria, pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretária de Planejamento (Seplan).

Saldo de emprego 
“Ao longo de 2010, um conjunto de fatores sustentou os resultados favoráveis do comércio varejista, como a expansão do crédito para financiamentos, a ampliação dos prazos de parcelamento, a melhoria de rendimentos dos consumidores, especialmente daqueles de menor poder aquisitivo, e o aumento do emprego formal no estado”, aponta Geraldo Reis, diretor-geral da SEI. “É importante destacar que, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), de janeiro a novembro de 2010, o estado da Bahia registrou um saldo de emprego da ordem de 108.705 postos de trabalho com carteira assinada”, afirma. Ele lembra que o segmento varejista apresentou um saldo de emprego de 14.124 postos de trabalho, “o que corresponde a 85,3% do total do saldo do setor do Comércio em geral na Bahia”, destaca.

No período de janeiro a novembro de 2010, em comparação com o mesmo período de 2009, o comércio baiano acumulou crescimento de 10,3%. Essa taxa foi superior à registrada no mesmo período do ano passado, quando as vendas situaram-se em 6,3%. No acumulado dos últimos 12 meses (dezembro de 2009 a novembro de 2010) o aumento das vendas foi de 10,6%, contra os 6,0% observados no período de dezembro de 2008 a novembro de 2009. No mês em análise, os dados do comércio varejista do estado da Bahia, quando comparados com os de igual mês de 2009, indicam que sete ramos apresentaram resultados positivos no volume de vendas e um permaneceu estável.

Maior expansão 
O segmento Móveis e eletrodomésticos foi o que apresentou maior rendimento (37,6%), seguido de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (13,6%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (13,3%); Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (6,8%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas fumo (6,6%); Tecidos, vestuário e calçados (5,8%); Livros, jornais, revistas e papelaria (2,3%); e Combustíveis e lubrificantes (0,0%).

Vale salientar que os ramos que não integram o indicador do varejo também apresentaram crescimento no volume de vendas no mês em questão: Veículos, motocicletas, partes e peças (35,4%) e de Material de Construção (7,3%).

Conforme se viu, em novembro de 2010, o segmento de Móveis e eletrodomésticos foi aquele que apresentou a variação mais expressiva de desempenho das vendas (37,6%). Em outros recortes temporais, a performance desse setor é bastante satisfatória, posto que no acumulado do ano contabiliza crescimento de 21,7% e, em 12 meses, de 21,6%.

“As razões para tais resultados podem ser creditadas às condições mais favoráveis de emprego e de renda, ao aumento do crédito para financiamento e à ampliação dos prazos para pagamento, haja vista que são circunstâncias que motivam os consumidores a comprar. Esse desempenho também pode ser atribuído a antecipação das compras do período natalino, visto que os trabalhadores celetistas recebem a primeira parcela do 13º salário a partir do dia 15 de novembro”, explica Lucas Marinho, economista da SEI.

No acumulado do ano, até novembro, após o segmento de Móveis e eletrodomésticos (21,7%), as maiores expansões nas vendas ocorreram nos segmentos de Equipamentos e material de escritório, informática e comunicação (15,5%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e perfumaria (12,4%) e Tecidos, vestuários e calçados (8,8%). Apesar de não entrarem no cálculo do indicador, também apresentaram altas taxas de expansão nas vendas os ramos de Material de construção (15,4%) e Veículos, motocicletas, partes e peças (13,6%).