Em visita à Bahia, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, conheceu nesta quinta-feira (27) as instalações da Cadeia Pública de Salvador, inaugurada em março do ano passado, localizada no Complexo Penitenciário Lemos Brito, no bairro da Mata Escura. Ao analisar o modelo de construção e de funcionamento da cadeia pública, ele demonstrou interesse em aplicar o método em outros estados brasileiros.

“Esta metodologia é muito eficaz e com alto padrão de qualidade. Como a nossa ideia é de aprimorar o departamento de política penitenciária na linha de aplicabilidade de melhor forma de construção de presídios, este parece ser um bom exemplo, que impressiona. É rápida e fornece um padrão bom no ponto de vista do resultado final de habitabilidade e de segurança. É um exemplo que vamos considerar na avaliação que iremos fazer na política penitenciária”, enfatizou Cardozo.

Com capacidade de alojar 752 internos, o prédio foi construído em sistema de monoblocos utilizando concreto de alto desempenho, o que impede a perfuração das celas. Entre os equipamentos de segurança estão detectores de metais (portais) e esteira de Raio-X. Para aumentar a segurança, os agentes penitenciários trabalham numa passarela erguida por cima das celas, de onde acionam o mecanismo de abertura e fechamento das portas, sem contato físico com os internos.

Durante a visita, foi apresentado ao ministro o projeto para a construção de mais duas unidades prisionais, sendo uma feminina e a outra apenas para jovens de 18 a 24 anos, somente para homens. A previsão é que a obra tenha um custo de R$ 38 milhões.

Segundo informações da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), a cadeia para a faixa etária de 18 a 24 anos vai contar com programas de inclusão específicos para a juventude, priorizando a formação educacional e a profissionalização. A cadeia visa também à separação por especificação do crime.